segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Sobrevivencia Desesperada- Capitulo 7

Matew On

   Mesmo depois de tomar o remédio, o corte parecia doer dez vezes mais, tornando meu sono quase impossível, mas depois de umas 2 ou 3 horas, o remédio fez efeito e finalmente consegui dormir em paz, em um sono sem sonhos ou pesadelos. Como não me acordaram para ficar de guarda, quando acordei, o sol já começava a nascer e a iluminar as selva que ainda nos cercavam. Me sentei com muita dificuldade por causa do corte que ainda doía, e quando olhei em volta vi Nara dormindo perto de mim e o garoto do 4 um pouco mais afastado fazendo careta em quanto dormia, mas nem sinal da Emy ou da garota do 4. Me levantei e peguei uma maçã dentro da mochila que separamos só para a comida, e fiquei lá, sentado comendo por um tempo. Fazia tempo que não comia alguma coisa que não fossem raízes e avelãs, então a maçã pareceu algo divino, acabei em um estante, e resolvi me encostar no tronco da arvore. Fiquei lá por um tempo olhando em volta, tentando achar as duas, mas delas nem sombra. Foi ai que comecei a ligar os pontos. Ela sabia o quanto Emy era importante para mim, o quanto podia vence-la com facilidade, e ela não queria fazer a aliança. E se ela tivesse fugido? Então por que o garoto ainda esta aqui? Se bem que ela não parecia concordar tanto com o garoto do distrito dela. E se...
   Me levantei num pulo e comecei a procura-las. Chamei o nome da Emy varias vezes e em nenhuma recebi alguma resposta,e fui chamando-a cada vez mais alto até que senti que fui derrubado no chão.
   - Você tem algum problema mental? Quer que saibam onde estamos, seu retardado?- ouvi alguem falando comigo com raiva e quando olhei para cima, vi a garota do 4
   Dei uma rasteira nela e a imobilizei
   - Onde esta a Emy?- perguntei rosnando
   - Calma, precisa ser tão impaciente?- Me virei e vi a Emy- Estou aqui, ta bem?
   Soltei a garota do 4 e me dirigi a Emy
   - Onde vocês foram, droga? E com a garota do 4?- falei e apontei para a mesma
   - Garota do 4? Por que não me chama de Maniaca logo- ela falou com tom de ironia e revirou os olhos- Caso não saiba, me chamo Coliz. Escuta, fomos caçar, deixa de ser dramático.
   - Calma ai Matew, só vamos voltar antes que mais algum deles venham nos procurar feito doidos.
   Voltamos para o nosso acampamento e elas começaram a preparar o animal que tinham abatido, que aliás parecia uma especie de ratazana com guaxinim, mas... não era. Não demorou muito e os outros acabaram acordando e comeram junto com a gente. O lado bom, é que durante a caçada, Emy acabou descobrindo uma coisa. Ela começou a cavar o solo até que o buraco começou a se encher sozinho.
   - Por isso o chão é tão mole e úmido- ela explicou
   - Então porque não tem água na nossa trincheira?- o garoto do 4 perguntou comendo mais um pedaço da caça
   - As arvores sugam toda a água que podem, por isso que o chão fica mais fresco, mas não com água.   Fora que precisa cavar mais fundo do que cavamos
   Comemos e bebemos água o quanto podíamos e decidimos que tínhamos que continuar nos distanciando, então começamos a recolher as coisas e apagar todos os traços que deixamos lá (enchemos a trincheira que fizemos com terra de novo, enterramos a fogueira, etc), depois voltamos a andar. A caminhada parecia bem mais fácil depois  que comemos decentemente pela primeira vez na arena, e era evidente que todos pareciam de bom humor, mesmo a garota maniaca do 4. O garoto do 4, que descobri de chamar Viller, até que se mostrou bem legal e engraçado, sempre tentando nos manter conversando, fazendo piadinhas e as vezes caindo já que estava meio distraído, ele era bem hiperativo.
   Na verdade passamos mais uns dois dias naquela ilha porque não achamos nenhum outro tributo e nenhum outro problema, fora que minha bussola deu algum defeito, se desmontou sozinha e decidiu parar de funcionar, então me livrei dela. Durante esses dias apenas ficamos comendo, andando e treinando usar nossas armas, e minhas lanças e os bumerangues com laminas as vezes, Viller com seu tridente e sua espada. Aliás,Emy e Nara acabaram aprendendo um pouco a usar uma espada com a ajuda do Viller e principalmente com a Coliz. Que maravilha, minha amiga e minha namorada socializando com minha inimiga que quase me matou, que coisa linda. Emy foi a que se saiu melhor, já que Nara desistiu depois que Viller achou no fundo da bolça de armas deles, uma caixinha com uma zarabatana e varios dardos. Nara parecia ter nascido pra usar uma daquelas, porque em pouco tempo ela estava ajudando a caçar animais com a zarabatana dela.
  Acabamos resolvendo que tínhamos que tentar ir em outra ilha, então começamos a arrumar nossas coisas mais uma vez e dessa vez tentar achar o litoral do lugar.Depois de mais um tempo andando, o suor começou a fazer meu corte coçar, e acabar estorando os pontos
   - Serio mesmo que você fez isso? Se você gosta tanto que eu te fure com uma agulha, saiba que posso fazer melhor com uma faca- a garota do 4 falou
   - Ta bom, ta bom, já parei- falei e voltei a andar
   - Sua sorte é que o corte já cicatrizou bastante. Não vou precisar fazer tantos pontos- ela felou e foi se afastando, mas eu podia ouvir ela reclamando e soltando alguns palavões.
   Continuamos andando por um tempo, as vezes só andando,as vezes conversando sobre como a Capital era estranha ou do que sentíamos falta no nossos distritos, mas isso era meio deprimente, então geralmente só andávamos. A caminhada começou a se tornar uma chatice, e cansativa.Tinhamos a intenção de ir até a Ilha do Oeste, mas ao que parecia, ia demorar muito, e todo mundo já estava reclamando por um lugar para parar, até que chegamos ao que devia ser o meio da Ilha. Era uma clareira, uma especie de campina no meio da selva em que o céu azul era visivel, mas era um lugar fresco por causa da briza que passava, a grama era baixa e verde, e por todo o lado, flores altas e grandes que mais pareciam cornetas brancas e que tinham um perfume otimo. O lugar era bem atraente e como Emy e Coliz já começavam a deitar na grama, resolvemos ficar.
   - Acho que é melhor irmos embora- Nara falava
   - Por que? o Lugar é otimo!- Perguntei já pegando uma maçã para comer
   - Não sei, mas... Tenho um mal pressentimento...
   - Escuta, estamos cansados e precisamos descansar. Acho que essa sensação é apenas porque você esta nos jogos vorazes onde todos querem ver seu sangue esguichar de seu corpo morto- Coliz falou e deu uma leve risada sinica, acompanhados pelas leves risadas nervosas de Viller e Emy, que riram mais por causa do sotaque da Capital que ela usou para falar a ultima frase- Relaxa!
   - Sei lá....- Nara falou meio indecisa, mas acabou se juntando a nós.
   Fiquei sentados no sol sentindo a brisa, até que senti o meu sangue escorrendo e lembrei que meu corte agora estava aberto. Lembrei a Coliz dos pontos e ela começou a me xingar, mas acabou me ajudando, o problema é que eu tenho certeza que ela estava fazendo cada agulhada ser pior do que a outra. Uma camada de pomada, uma pilula analgésico e finalmente estava novo em folha de novo, ou quase. Emy resolveu levar Nara para recolher algumas das flores para acalma-la, então continuei deitado no sol, cochilando um pouco.
   Não sei quanto tempo se passou, mas não muito depois, ouvi o grito da Emy seguido do da Nara. Me levantei e não só percebi como Coliz e Viller, que dormiram do meu lado, estavam agora vomitando, como também percebi que minha visão estava turva. Estava tonto como quando fiquei bêbado, porque a cada dois passo eu acabava caindo, assim como os outros. Tinha um cheiro estranho no ar, uma mistura de um perfume doce e enjoativo com sangue. Olhei em volta e com muito esforço percebi que as flores brancas, que antes estavam viradas para baixo, agora estavam viradas para cima, bem abertas, bem mais altas e soltando uma fumaça verde. Gás toxico
   - Tapem o rosto!- gritei para os outros dois que acabavam de vomitar só agora
Coloquei a minha camisa por cima do meu nariz, cobrindo também minha boca e assim consegui reter um pouco do gás, mas ainda sentia o cheiro do gás e continuava meio tonto. Viller e Coliz me imitaram e juntos nós começamos a andar na direção  do que parecia uma floresta de flores toxicas. Não andamos muito e demos de cara com a seguinte cena: Nara toda envolta por raizes e trepadeiras das flores, que se mexiam e a apertavam cada vez mais, em quanto Emy estava de cabeça para baixo, inconsciente, sendo segurada por mais trepadeiras das flores brancas e estava preste a ser engolida por uma das maiores flores que já vi, com o triplo do meu tamanho, coisas saindo da sua boca que mais pareciam línguas e espinhos que pareciam dentes. Resumindo, minha amiga estava sendo transformada em uma múmia de cipós e começando a perder a inconsciência já que não conseguia respirar, e minha namorada estava inconsciente (eu esperava) quase sendo comida por uma flor carnívora.
  Fui correndo na direção de  Emy, mas cai no caminho porque mais daquelas trepadeiras se enroscaram no meu pé. Enquanto tentava me desenroscar, Coliz pulou por cima de mim e foi correndo até ela, se desviando das trepadeiras que tentavam se enroscar nela como chicotes, mas ela desviou de todos e com uma faca em cada mão, ela começou a atacar a flor, tentando corta-la, mas o caule era firme e grosso, e os as trepadeiras a acertavam feito chicotes. Olhei para traz e vi que Viller tambem não estava se saindo melhor. Ele lutava muito bem, mas começava a ficar enroscado assim como Nara, que agora tambem tentava se libertar, mas vomitava e era esmagada.
   Me levantei e resolvi ajudar Viller e Nara. Corri na direção deles e joguei uma especie de bumerangue com laminas que Viller e Coliz tinham pegado dos carreristas, cortando algumas da plantas o suficiente para que pelo menos Viller conseguisse se soltar. Com a ajuda dele, conseguimos com muito esforço soltar a Nara, depois de ficarmos com o tornozelo preso e cairmos varias vezes (a ponto de que Viller tinha a boca sangrando e eu o nariz) e alguns aranhões.
   - Leva ela pra longe daqui! Tenho que pegar a Emy!- falei para Viller e sai correndo na direção de onde a Flor Carnívora estava
   Mas na verdade, não precisei lutar com ela, porque assim que cheguei, Coliz consegui cortar o caule da Flor, que caiu e murchou assim que tocou o chão, depois ela consegui por pouco pegar Emy que havia se soltado da flor, mas continuava inconsciente. Ajudei Coliz a se levantar, peguei Emy no colo (já que Coliz não conseguia carrega-la) e nós corremos para bem longe, na direção em que Viller tinha corrido com Narra e todas as nossas coisas. Não paramos e de correr até chegarmos na praia, onde cansados, todos nos caímos no chão sem folego, e eu finalmente larguei Emy e acabei vomitando. Enxuguei um pouco do sangue que ainda escorria do meu nariz e voltei para eles
   - O que... foi a-a-aquilo?- perguntei ainda tremendo e me sentindo tonto.
   - Fomos... Colher flores como... a Emy queria... ai ela achou uma que era bonitinha... e tudo começou a crescer... Gás toxico... trepadeira, não conseguia respirar.... A planta...- Nara falava sem folego e começou a soluçar.
   - E... E a E-Emy?- perguntei para Coliz, que começava a examina-la
   - Não sei ela... Parece que... Ela não esta mais respirando
   As ultimas palavras só fizeram sentido depois que olhei para Emy e vi seu rosto pálido e seu corpo contorcido no chão. Fui andando até ela, até que Viller me empurrou correndo e a beijou. Fiquei louco. Ia me tacar em cima dele e tentar mata-lo mesmo que não estivesse nas minhas melhores condições, mas Coliz é que se tacou em cima de mim e me imobilizou, em quanto eu gritava e tentava me libertar ela apenas dizia: "Quer para seu imbecil!" e  "Ele só esta ajudando!" , até que finalmente consegui joga-la para longe e consegui ir até lá, então vi que Emy estava agora ajoelhada com a cabeça baixa e Viller estava com a mão sobre o ombro dela.
   - Sorte a sua Viller ser especialista em ressuscitação- ouvi Coliz falar atras de mim e me virei para ela- Ele faz isso o tempo todo no 4. Afinal, pessoas afogadas até que são bem comuns lá em casa.
   Foi ai que comecei a intender. Comecei a ficar mais calmo e realmente feliz que Emy estava viva, até perceber que ela vomitava sangue aos montes, e que em minutos, ela tinha caído de novo no colo do Viller. Já ia começar a ficar desesperado de novo quando ele falou:
   - Ela só esta inconsciente-ele falou rápido
   Me ajoelhei do lado da Emy. Ela estava fraca e mais branca do que antes, mas pelo menos, ela respirava, calma, devagar e com dificuldade.
   Nenhum de nós estava disposto física e psicologicamente para andar, então resolvemos ficar na praia mesmo. Viller e Coliz foram procurar alguma coisa na água para comer, já que a comida que eles trouxeram começou a acabar, em quanto eu e Nara fazíamos a fogueira, algumas armadilhas mais longe do acampamento e arrumávamos os sacos de dormir que tínhamos, mas acima de tudo, cuidávamos de Emy, que mesmo quando o céu já começava a ficar escuro, continuava dormindo e sem melhoras. Comemos em silencio e sem muita fome, até que Nara perguntou:
   - Ela ainda está inconsciente?- ele falou e eu confirmei com a cabeça
   - Acho que como eu não conseguia respirar muito bem e estava mais longe das flores que soltavam o gás toxico, fui menos afetada, assim como vocês que depois acharam um jeito, mas ela ficou exposta ao gás direto.- Nara falou meio baixo, obviamente ainda meio enjoada
Continuamos em silencio por um tempo, e ninguém falava nada, com exceção da nara que fala em voz baixa, mais para ela do que para nós
   - Já vi aquelas flores uma vez... Gutt saberia o que fazer.... Aquele cheiro doce e enjoativo inconfundível... Podia acabar com tudo aquilo...- logo depois ela fez uma carreta e foi correndo para traz de um arbusto onde vomitou outra vez
   Não queria falar, estava cansado, acabado, e simplesmente arrasado pelo que acontecera, então fui me deitar e deixei eles decidirem quem faria a patrulha. Me acomodei em um dos sacos de dormir e tentei dormir, mas me revirava sem conseguir me sentir bem, só consegui cochilar por um curto tempo, sempre acordando. Maravilha de Noite

Matew Off


Coliz On

   Okay, definitivamente acho que nunca mais vou colher flores na minha vida, até porque, não quero que mais alguma planta qualquer tente me matar. Como se meus inimigos já não fossem suficiente. Obrigada Idealizados dos Jogos, seus sanguinários desprezíveis.
A pomada para machucados acabou depois que resolvi passar tudo em todos, e as pilular analgésica acabaram, então o próximo a se machucar mortalmente vai ter que suportar a dor até morrer. E isso incluí o garoto do 11.
   Sinceramente, ainda estou com uma certa raiva desse garoto, e sempre acabo chamando ele apenas de 11, e ele me chamava de Maniaca ou de 4, o que parece estar funcionando muito bem para nós dois. Continuo sentindo simpatia pela Nara, e agora praticamente andava tratando ela como minha irmã mais nova, e quanto a Emy, acabou se mostrando bem gentil e legal, por mais que a abominasse tanto como o garoto do distrito dele no começo, mas ela foi bem mais facil de encarrar já que era mais amigavel comigo. Isso antes de que ela fosse atacada por aquela planta assassina.
   Enfim, todos estavam cansados e machucado (pelo menos mais do que antes), exceto eu que não queria dormir de jeito nenhum por causa da adrenalina que ainda corriam pelas minhas veias e, até porque, durante a luta, a planta me fez bater a cabeça no chão com tudo, e alguma vez ouvi que quando alguém bate a cabeça tão forte não deve dormir porque alguma coisa ruim acontece então, alem de ficar com essa paranoia, fui a unica pessoa disposta a fazer a guarda e pedi aos outros para que fossem dormir. Fiquei lá, sentada olhando o mar, pensando no meu distrito, poque embora não tivesse ninguém lá mais que realmente se importasse comigo e sempre tenha me sentido deslocada, um dia considerava mau lar, um dia alguém lá se importava realmente comigo, e um dia eu fui feliz lá.
   Um pouco depois a insignia da Capital apareceu no céu, o ino foi tocado e ele sumiu. Ou seja, nenhuma morte. Na verdade, nenhuma morte já fazia uns dois ou três dias, o que era preocupante já que quando isso acontecia, os idealizadores dos jogos arrumavam algum jeito de tornar as coisas interessantes para eles, e assustadoras para nós.
   Fiquei lá sentada sozinha até que senti alguma coisa vindo na minha direção com passos leves e calmos, então por extinto, me levantei num pulo .e apontei minha faca para o que poderia ser, mas acabou que era apenas mais um coitado som sono.
   - Droga, 11, não chegue de fininho pelas minhas costas! Podia ter te matado- falei para ele e voltei a me sentar
   - Só achei que fosse querer companhia- ele falou e se sentou do meu lado
   - Bem se enganou, mas pode ficar se quiser- falei e voltei a me apoiar na rocha em que estava antes
   - Nossa, você é difícil, em?- ele falou e deu um sorriso, mas simplesmente não intendi a graça

   - Você também não ajuda muito- rebati
   Ficamos um bom tempo assim, em silencio, apenas um do lado do outro, e eu até que estava gostando disso, até que ele falou:
   - Escuta, só queria agradecer....por... salvar a Emy e... me impedir de matar o Viller- ele sorriu mais uma vez, dessa vez mais forçado.
   - Não fiz por você. Descobri que a Emy é legal e que ela é uma boa aliada- falei meio fria, mas depois de perceber isso, acrescentei- Mas de nada. Afinal, somos aliados não?- falei e pensei em sorrir, mas nunca fui muito boa em forçar um sorriso, e sabia disso, então apenas voltei a olhar para o mar.
   - É, acho que sim. Mas mesmo assim, acho que te devo uma.
   - Você já me devia uma- falei e apontei para a enorme cicatriz do meu olho
   - Mas essa ai você já retribuiu e muito bem com o corte no pescoço- ele falou meio indignado
   - Mas quem é que costurou você?- falei e acabei sorrindo
   - Okay, okay, te devo duas.
   - Talvez três por ter dividido com você as armas e comida- completei só pra zoar com ele
   - Tá, acho que já deu, né?- ele falou e fez uma cara estranha, então acabei rindo- Olha só, a maniaca saber sorrir.
   - Calado. E para de me chamar de Maniaca.
   - E você de me chamar de 11
   - Okay, você me chama de Coliz e eu te chamo de Metty
   - É Matew. Se você não falar meu nome direito...
   -Vai fazer oque?- desafiei
   - Isso- ele falou e me cutucou na costela, bem onde a alguns dias atraz estava quebrado. Acabei soltando um gritinho de dor. Droga- Como você...
   - Você fica protegendo as costelas toda hora- ele falou como se fosse a coisa mais normal do mundo alguém adivinhar uma coisa dessas assim- E tambem sei disso- ele falou e segurou a manga da minha roupa, deixando minha mão suspensa como se eu fosse um fantoche. Merda, os cortes.- minha unica pergunta é: porque?
   - Por nada- falei e fiz ele soltar meu braço, mas como ele continuava me encarrando, falei- Então pelo menos me fala como conseguiu descobrir esse!
   - Você esfrega os pulços toda hora, já vi eles enfachados varias vezes e as vezes estavam manchados, apesar de que a roupa cobre bem, não achei tão dificil notar essa, mesmo com a luva cobrindo.
   - Tambem não é dificil perceber que sua fraqueza é a sua namoradinha ali- Falei e apontei para onde Emy dormia- E é uma fraqueza e tanto
   Ele deu uma risada leve
   - Bem, é porque ela é importante pra mim e eu amo ela. Por isso estou aqui. Nunca teve alguem com que se importassetanto. Sei lé, ela... é uma das poucas coisas que tenho e ela me faz ter esperança sobre o futuro, o meu, o nosso, de todo mundo.
   -  Ai que coisinha mais fofinha- falei meio debochando
   - Como se você nunca houvesse procurado afeto e abrigo em alguem.
   - Mais ou menos... os que eu tinha... morreram- falei meio fria, já que nunca falei isso em voz alta, e assim que falei, consegui sentir a solidão que sempre tive.
   Matew me encarrou como se esperasse explicações, uma satisfação que não daria a ele, até que ele começou a me cutucar de novo, então falei que contaria.
   - Okay, então ai vai a explicação dessas perguntas todas que me fez até agora- falei e respirei fundo. Não queria mesmo contar, mas já que iria morrer mesmo, talvez fosse bom falar isso em voz alta uma vez na vida
   - Eu tinha um super pai e uma mãe maravilhosa- comecei a explicar- Os dois trabalhavam no mar, na coleta de peixas e frutos do mar,  e de vez em quando me levavam lá. Acontece que um amigo do meu pai começou a querer juntar uma rebelião para protestar contra a Capital, o sistema e tentar mudar alguma coisa, e meus pais era completamente a favor, tanto que era os mais importantes de todos no grupo rebelde deles. Alguns dias antes de começar a fazer o levante que tinham planejado, quando eu tinha 11 anos, eles foram trabalhar e eu fui junto, e fiquei na praia olhando eles trabalhando de longe dentro dos barquinhos, recolhendo as redes, quando um aerodeslizador passou e jogou uma bomba em cima de alguns trabalhadores. Não era nada muito forte, mas matou varias pessoas. bombas e mais bombas foram jogadas, deixando muitos mortos e outros varios no meio da água tentando nadar, mas ai eles soltaram uma especie de bombas eletricas, que eletrificaram toda a água, então queimaram todos os que ainda nadavam na água... Incluindo meus pais- Falei e deu uma pausa, já tentando segurar as lagrimas e um grito de frustração- Eu vi tudo... Eles se contorcendo de dor por conta do choque, o mar azul ficar vermelho, as bombas jogando corpos na água, tudo. Depois daquilo os rebeldes que sobraram resolveram acabar com o levante por conta do medo deles. Tive de ficar com meu tio bebado que só estava em casa de vez em quando, me cuidando sozinha e vagando meio sem rumo pelo meu distrito, sem nem sair de casa direito. Levei anos para cosneguir chegar perto da praia de novo, mas ainda tenho medo.
   - E você nunca teve ninguem mais? Um amigo, um primo, uma tia legal... nada?- Matew perguntou agora mais interresado
   - Bem... Quando eu tinha uns 8 anos conheci um garoto na escola que virou meu melhor amigo. Com o tempo fomos ficando mais proximos e quando me dei conta, esta apaixonada por ele, mas quando tinha uns 12 anos, um ano depois que meus pais morreram, ele foi enforcado na praça por tentar roubar comida para sua familia, e eu nunca consegui dizer nada para ele- Olhei para meu pulço enfaixado e suspirei- Foi ai que começei a me cortar
Ficamos em silencio por um tempo. Acho que ele estava digerindo a historia toda, mas eu fiquei imaginando o que poderia ter acontecido se fosse diferente. Se eu te vesse pais que me amassem. Se eu tivesse um namorado legal. Se eu gostasse da água como qualquer outra pessoa no distrito 4.
E se, e se, e se. Não passavam de "e se", e isso fez com que lagrimas começassem a rolar pelo meu rosto, mas as enxuguei rapidamente

   - Bem- falei e me levantei- acho que vou tentar dormir. Boa noite... Matew...-falei e me virei para sair meio andando meio correndo para ir até o local onde todos dormiam
   Na verdade não consegui fechar os olhos por um bom tempo, porque aquela sensação horrivel de tristesa e solidão me dominava mais uma vez, como antigamente, antes de eu começar a melhorar. Solitaria. Não mais amada. Estranha. Me sentia tudo isso e muito mais coisas bem piores, me arrependendo de ter contado a ele e de saber que cameras transmitiriam isso para toda Panem, me fazendo de fraca. Aquele impulço de me cortar estava começando a me dominar novamente, o impulso de me castigar por ser tão fraca, tão inutil, tão estranha. Então me enfiei debaixo do saco de dormir, cobri meu rosto com as mão e comecei a chorar baixinho como fazia antes, para que ninguém pudesse me ver, e fiquei lá chorando como nunca até dormir
   Na manhã seguinte já me sentia melhor, e na verdade me sentia como se estivesse de porre, como se tivesse bebido a noite inteira ontem, porque minha cabeça doia, me sentia meio tonta e não lembrava exatamente do que tinha acontecido, mas na verdade, isso era até bom. Depois de ter certesa que não estava com cara de chorro, me levantei e fui comer com os outros. O sol ainda estava nascendo no céu, e ainda estava meio escuro, mas mesmo assim , todos já estavam acordados e comendo, até a Emy, que mesmo continuando horrivel, muito palida, estava deitada no colo do Mattew em quanto ele tentava faze-la comer algo, e isso fazia ele parecer feliz, estranhamente feliz.
Sinceramente, Emy não parecia muito melhor mesmo, porque ela estava com uma febre de uns 40°, não comia, e o que comia acabava vomitando com mais uns mls de sangue, fora o aspecto dela, com olheiras um tom meio esverdeado de pele e parecia que tinha emagrecido muito mais do que devia.
Assim que todos tinham terminado de comer, começamos a arrumar as coisas e fazer um inventario do que tinhamos. Quatro garrafas de água, algumas raízes e frutinhas estranhas (uma delas parecia um olho e era assustador, mas acabamos descobrindo que era comestível e muito boa), os sacos de dormir, o kit de primeiros socorros ( algumas poucas ataduras, as ultimas pilulas de remedio para febre, um pouco de linha, agulha, álcool), o que nos deixava em condições até boas, ainda mais porque todos sabiam caçar.
   Quando estávamos quase indo embora, comecei a ouvir uns sons estranhos e desafinados que começavam a aumentar cada vez mais. Olhei para o Viller e nos encaramos com preocupação, já que nós dois sabíamos o que estava vindo.
   - Se escondam! rápido!- falei e comecei a empurrar todo mundo na direção da selva para que agente se escondesse em algum lugar com a ajuda do Viller
   - O que esta acontecendo?- Nara perguntou
   - Você já vai ver- Viller respondeu e começou a puxar a gente para atras de uns arbustos altos- Agora, não importa o que aconteça, não façam, em nenhuma circunstancia, nunca, algum barulho até que eu ou a Coliz digamos, okay?
   Todos assentiram com a cabeça e nós ficamos lá, esperando e olhando  o litoral da ilha. Não demorou muito para que o que eu estava imaginando, aparecesse. Os sapos pretos gigantes. Dessa vez eles estavam atras de um garoto alto, magro todo machucado de cabelo escuro. Demorou um pouco até que eu reconhecesse como o garoto do distrito da Nara, acho que se chamava Lester. Ele continuou correndo com dificuldade até um dos sapos fazer ele tropeçar, então ela caiu no chão e os sapos começaram a rodear ele. Ouvimos o coaxar estranho dos sapos, os outros sons estranhos que eles faziam quando morriam, mas não tão altos ou numeroso quanto o som de Lester tentando se proteger com a lança e seus gritos de dor sempre que era pego por um dos Sapos. Mas não demorou muito para que os Sapos todos se voltassem contra ele e o derrubassem no chão, indefesso e machucado, tão vulneravel que logo se tornou o lanchinho dos sapos. O ar foi tomado pelos gritos agonizantes, profundos e desafinados dele, fazendo meu sangue gelar a cada grito, mas o pior foi o horrivel cheiro de sangue e carne que se espalhava rapidamente no ar. Demorou um bom tempo até que os gritos agoniantes do garoto começacem e ficar mais baixos até sumirem e o canhão sinalizar sua dolorosa, lenta e tortuosa morte. Os sapos começaram a se afastar deixando a mostra o que sobrou do corpo mutilado e despedaçado do coitado, então o aerodeslizador apareceu e começou a recolher o que consegui com as garras, depois foi embora.
   Simplesmente sentia uma enorme vontade de vomitar, chorar e correr dali por conta da chocante cena. As pessoas da Capital deviam estar de divertindo com a cena, mas nós estavamos horrorisados e enojados, tentado segurar a ancia de vomito e o medo. Só não saimos de lá correndo porque sabiamos que se nos mexessemos, farias barulho e acabariamos tendo o mesmo fim do Lester, já que não estavamos em condições de lutar. Ficamos lá, parados, tentando controlar a respiração, mas por algum motivo, os sapos começaram a se agitar de novo. Eles começavam a olhar para nossa direção e dar pesados e curtos saltos até onde estavamos. Como eu não sei, mas de alguma forma eles conseguiam nos ouvir, e se ficassemos parados, seriamos achados. Alguma coisa tinha que ser feita.    Estiquei meu braço e peguei uma pedra consideravelmente grande, depois a taquei com a maior força possível para outro lado, assim como Viller, que tinha intendido o que estava fazendo. Os Sapos viraram a cabeça na direção onde joguei a pedra, e quando Narra e Matew fizerem o mesmo, eles começaram a se mover para onde as pedras agora estavam. Quando eles já estavam longe, começamos a correr feito louco pela selva, junto a praia, tentando contornar a ilha.
Coliz Off

domingo, 9 de novembro de 2014

Sobrevivencia Desesperada- Capitulo 6

                          
  by: gingerhaze

Emy On

Mais uma vez, consegui achar o lago. Era um lugar Incrivel. Da ultima vez, tinha corrido até acabar chegando nesse lugar, o que foi uma alivio depois de um dia correndo, me escondendo e sentindo medo. Isso pelo menos até que os carreristas me achassem. Quando finalmente chegamos lá, vimos o quanto a água era cristalina e fresca, musgo fofinho crescia em volta dela e varios arbustos com frutinhas cresciam por perto, mas acabamos não pegando nenhum já que todos pareciam coloridos e estranhos demais, apenas umas avelãs que achamos e acabamos guardando. A primeira coisa que fizemos quando chegamos, foi deixar as coisas na beira do laguinho e pular. O suor, a sujeira, limpamos tudo no lago, pegamos nossos cantis e enchemos de água e ficamos lá relaxando na beira da água, esperando nossas roupas secarem no sol. Era muito bom poder finalmente se refrescar e relaxar um pouco. Em quanto eu, Nara e Matew estávamos deitados na margem do lago, quando comecei a ouvir a respiração forçada ao meu lado. Me virei e vi Matew mais palido do que o normal, seu peito subindo e descendo com dificuldade, e o musgo em cima do seu corte no pescoço, completamente encharcado, deixando um pouco de sangue escorrer.
- Matt?- chamei e ele se virou para mim- Você está péssimo
- Pois é... Tambem achei isso
Me sentei e olhei para o lado. Nara dormia quietinha sobre o sol, e parecia calma e mais jovem. Me levantei, peguei um pouco do musgo que encontrei, fui até Matew, tirei o curativo improvisado e lavei com um pouco de água. Agora que o corte estava limpo podia ver o quanto era profundo, e que por mais que eu o limpasse, o sangue continuava escorrendo por causa da veia que a garota tinha cortado. Um pouco de pus agora começava a sair tambem, e o cheiro se tornava horrivel
- Que estrago ela fez- falei meio nervosa
Ele acentiu
- Alguma ideia do que fazer, doutora?- ele falou brincando
- Acho que trocar o curativo, e....- tinha que ter mais alguma coisa que eu pudesse fazer. Já tinha cuidado dele mil vezes, mas isso era diferente. Lembro que a minha mãe usava mais alguma coisa...- Lembrei- falei para mim mesma e me levantei
Com varias plantas estranhas, tinha que ter uma comum por aqui. Fui andando, não muito longe de onde eles estavam, procurando uma planta que era bem usada em casa. Finalmente, depois de um tempo procurando, eu achei. Era uma folha grande, meio felpuda e verde escura. Minha mãe era curandeira e usava bastante essa planta para ajudar a currar dor de cabeça, a acabar com ancia de vomito, mas principalmente a evitar inchaço e parar o pus. Coloquei algumas na boca, mastiguei e voltei para onde ele estava.
- Achava que não tinha uma coisa dessas aqui...-ele começou meio fraco
- Mas tem- tirei da boca e passei no corte por um tempo, até que todo o pus saisse e o corte não estivesse mais enxado- Melhor?
- Muito. Ainda mais porque você esta aqui- ele falou e deu um sorriso
Claro que eu não pude deixar de beija-lo e de me sentir segura mais uma vez, e mesmo que fosse uma ilusão, era bom te-lo de novo

-Agora, preciso de alguma coisa pra cobrir isso, e acho que musgo não vai adiantar.
Um pouco depois de falar isso, vi uma coisa prateada caido do céu com uma pequeno paraquedas branco e aterrissando na água, onde ficou boiando e brilhando por causa do sol. Assim que mergulhei e peguei pequena caixinha de metal, vi alguns rolos de esparadrapo, uma agulha e um pouco de linha. Peguei as coisas e levei até ele
- Acho que é pra você- falei e mostrei para ele
- Vai mesmo ter que me costurar?
- Se você não quiser morrer por causa disso- falei e comecei a colocar a agulha na linha
Assim que fiz, ele fez uma careta de dor, mas sabia que comparado ao chicotes que ele recebia não era nada
- Pode tentar  não se meter em confusão?- falei em quanto costurava-o, falando a mesma coisa que perguntei quando ele acordou da ultima vez que tive que cuidar dele
- Talvez um dia- ele falou e consegui sorrir um pouco, mas pareceu mais uma carreta, então acabei rindo um pouco.
Realmente não sou boa em costurar, mas achei que resolveria por um tempo, então guardei a agulha, o restinho de linha que tinha e enrolei o pescoço dele com o curativo.
- Descansa um pouco, você perdeu muito sangue- falei e ele assentiu
Me aconcheguei nos braços dele e nós dois dormimos. Quando acordei, o sol já estava se pondo e os dois ainda dormiam tranquilos, e foi  uma pena ter que acordar eles, mas precisávamos sair de lá, porque já tinham me achado lá antes, com certeza viriam mais uma vez, na verdade, era um milagre ainda não terem nos achado. Ele se levantaram, reclamando e tropeçando, mas logo estávamos de pé, pegamos mais um pouco de água e saimos. Nossa ideia era ir até a ilha do Sul, já que a do Norte e Leste (onde estavamos) Eram lugares em que podiam nos achar muito facil.
Andamos por um longo tempo, Mas a ilha era enorme e mesmo com a bussola do Matew, acabamos nos perdendo uma hora e indo para o Norte em vez do Sul, tudo porque ele fez o favor de mergulhar no lago com a bussola, mas foi até facil concertar.
- Será que já estamos pelo menos chegando no final dessa ilha?- Nara perguntou
- Acho que sim, mas não tenho certeza depois que nós já nos perdemos tanto- Matew falou dando mais uma olhada na Bussola
Continuamos andando distraídos até que ouvimos o tiro de canhão ao longe. Quem seria? Podia ser qualquer um, mas só íamos saber de noite. Continuamos andando, mas era logico que nos todos estávamos nos perguntando quem era, mas isso durou pouco, porque um pouco depois Matew foi içado para cima, logo em seguida a Nara também estava pendurada de cabeça para baixo e meu pé ficou presso no que parecia uma armadilha de urso, que se prendeu no meu tornozelo e me fez cair. No momento seguinte, a garota do 3 saiu de traz de uma das arvores armada com umas lanças improvisada feita de um galho que ela deve ter afiado com uma pedra. Ela tentou me acertar primeiro, mas ela errou a mira e acabou acertando a minha armadilha de urso, que com um pouco de força, acabei conseguindo sair de lá, mas não rápido o suficiente para desviar da segunda lança dela, que pegou no meu braço esquerdo, me fazendo gritar de dor, mas o corte podia esperar. Estava desesperada, nunca fui muito boa nessa coisa de luta corpo-a-corpo, muito menos como uma delas estava armada, então simplesmente fui desviando com muita sorte dos golpes dela, algumas vezes levando alguns socos, chutes e arranhões com a lança, algumas vezes conseguindo escapar das lanças, chutando ela para longe, contra atacando e dando cotoveladas nela, em outras palavra, estava pelo menos conseguindo me manter viva por um tempo, mas foi pouco, porque ele me derrubou no chão, me imobilizou e estava pronta para enfiar aquela estaca no meu coração. Fechei os olhos e esperei o golpe me matar, mas simplesmente nada aconteceu. Abri os olhos e vi a garota do 3 brigando com a Nara, que por sorte era boa em sair de armadilhas e agora lutava com ela com uma das suas lanças, mas estava se saindo tão bem quanto eu, então peguei a estaca que ela quase usou para me matar, lancei e a estaca atravessou seu pescoço. Logo ouvimos o canhão que sinalizava sua morte. Rápida, sem muita dor.
- Valeu- Nara agradeceu meio ofegante
- De nada. Até que a gente forma uma boa dupla- falei e sorri
- Claro. Emy e Nara, matando garotas armadas que fazem armadilhas melhor que ninguém- ela falou e nós rimos um pouco
- Muito bonitinho ver minha amiga e minha namorada se dando bem e trabalhando juntas pra matar alguém- Ouvi uma voz do alto e só depois percebi que era o Matew ainda pendurado de cabeça para o alto bem no alto de uma arvore- Mas eu ia achar ainda mais legal se alguma de vocês me ajudasse
Rimos em quanto Matew reclamava, até que recuperamos o folego,  Nara foi até a raiz da arvore onde ele estava pendurado, desamarrou a corda e foi descendo ele até que eu conseguisse desvira-lo e faze-lo  ficar de pé
- Obrigado. Mas o que aconteceu com seu braço? Não deu pra ver de lá de cima- ele falou
- A garota me acetou com a lança dela. Não foi anda dem...
Mas não adiantava, ele me fez sentar e deixar ele enrolar meu braço com o que sobrou do curativo. Depois que ele acabou, pegamos  as estacas e lanças improvisadas dela.
- Me sinto meio... Estranha pegando isso. Sei lá, quase como se estivesse roubando
- Não mais do que eu. Quer dizer eu...- Não conseguia terminar a frase de imediato, até porque o seu corpo ainda estava estendido no chão, o sangue saindo do buraco em seu pescoço e seus olhos virados e sem vida- Eu... Matei...-cada palavra parecia entalar na minha garganta
- Escuta, não foi...total culpa sua. Ou você ou ela.- Nara falou me virando de costas para o corpo- Essa é a ideia desse jogo, sermos obrigados a sermos o que não somos.
- E eu tenho certeza que você não é assim- Matew falou e me abraçou- Você é incrivel. Agora vamos sair daqui pra que ela possa voltar pra casa- ele falou no meu ouvido e eu assenti
Pegamos nossas coisas, e as poucas coisas que ela tinha (algumas frutinhas, umas armadilhas meio feitas, uma daquelas caixinhas com paraquedas com uma garrafinha de agua dentro) e quando estávamos quase saindo, me virei, tirei a estaca do pescoço dela, fechei seus olhos, murmurei um "me desculpa" e me juntei a Nara e Matew para irmos em bora. Não nos distanciamos muito e um aerodeslizador  apareceu do nada no céu e levou o corpo da garota carregando-a  para o alto e depois sumindo.
- Você fez a coisa certa- ele sussurrou no meu ouvido de novo e me deu um beijo de consolo
Continuamos andando por um tempo, e quando chegamos na praia, já não me sentia tão mal por ter matado-a. O lado bom disso, é que com a morte dessa garota, pelo menos eu acho que os idealizadores do jogos não vão precisar fazer alguma coisa maluca e mortífera para matar alguém.

Emy Off


Viller On

Ficamos a tarde toda esperando aqueles sapos voltarem, mas eles não deram mais as caras, e tenho a impressão que eles foram para outra ilha ou para o fundo do mar, esperando mais alguém fazer algum barulho ou eles ficarem com fome, o que vier primeiro. Só depois de um tempo finalmente ficamos mais tranquilos e continuamos a ficar no nosso tédio, jogando os corpos de sapo no mar, a Coliz tirando os pontos que ela fez no próprio rosto já que finalmente eles cicatrizaram, depois comemos, mas isso não durou muito porque assim que o pessoal voltou, vimos que eles pareciam horriveis e sem folego por causa da correria
- O que aconteceu?- perguntei
- Sapos... Gigantes... Dentes afiados- Ruddy falava ofegante
- Eles nos atacaram...um pouco depois de matarmos um...garoto do 12- Gerlya tentava explicar
- Então o canhão foi para o garoto do 12? E o outro?- Coliz perguntou dando água para eles
- Foi, mas não sabemos quem era o outro que veio depois- Millow respondeu e pegou a garrafa
- Cadê o Fleer?- Coliz perguntou agora mais assustada
- Não sabemos. Eles começaram anos encurralar, eram muitos, então tentamos fugir correndo, acho que ele caiu no meio da correria e não podiamos voltar para ajuda-lo...- Então Narla foi interrompida pelo som de outro canhão
- Foi-se - Ouvi Ruddy sussurrar- Temos que sair daqui... eles podem...
- Fica calmo, não vão mais voltar aqui- Falei e comecei a explicar o que aconteceu quando eles não estavam, a água borbulhando, nossa tentativa de mata-los, a ideia da Coliz de fazer barulho.
Quando acabei, ficamos um tempo em silencio, até que um aerodeslizador apareceu no céu bem longe e desceu uma garra que descia para pegar o que sobrou do Fleer, o problema é que ele teve que descer varias vezes para recolher os pedaços que sobraram, e isso fez a Narla começar a chorar, meio de medo, tristesa e tals, Até Millow acabou vomitando. Ninguem parecia muito bem hoje, sendo que só se passaram 3 dias aqui na arena
- Tenho a impressão que esses jogos vão acabar bem rapido- Coliz falou devagar com uma voz meio vazia, como se estivesse lendo minha memoria
Voltamos para dentro da Cornocópia e comemos um pouco, mas ninguem estava com muita fome, então fomos nos aprontando para dormir, até que lembrei do plano de fuga.
- Hum... Não deviamos montar guarda? Caso... Mais sapos aparecem ou tributos...
- Okay, então eu vou começar, estou sem sono mesmo- Ruddy se levantou
- Eu tambem- Narla completou
- Tá, eu e a Coliz ficamos depois de vocês- eles assentiram e fomos dormir
Fiquei um bom tempo acordado lembrando e repassando o que iria levar e para onde iriamos, mas acabei resolvendo dormir um pouco já que teriamos que andar a noite toda para ficarmos longe o alcance deles. Dormi por pouco tempo já que tive mais pesadelos do tipo que tive deis que fui escolhido como tributo, em que meu pai e meu avô eram mortos de algum jeito, dessa vez, destroçados pelos sapos pretos com dentes enormes, fazendo-os gritar de dor até que eu finalmente acordasse suando. Me levantei, acordei a Coliz e nós dois fomos pedir para Narla e para o Ruddy irem dormir, já que eles mesmo falando que estavam sem sono, pareciam a ponto de desmaiar. Ficamos um tempo parados olhando em volta em quanto esperávamos ter certeza que todos já estavam dormindo, então voltamos para dentro da Cornocópia e no maior silencio que conseguimos, pegamos o máximo de coisas que conseguimos colocar nas nossas duas mochilas sem pesar tanto (duas caixas de primeiros socorros com poucos remédios, carne seca, frutas, três garrafas de água, algumas bolachas, algumas armas extras, um tridente para mim e um sinto repleto de facas para Coliz), verificamos em silencio se realmente estavam dormindo e finalmente partimos meio correndo meio andando.
Minha ideia era ir para a Ilha do Sul já que eles tinham perdido o Fleer lá então não iriam voltar, e como a Cornocópia era virada para o norte, foi fácil saber para onde íamos. Passamos pela selva que rodeava a Ilha do centro onde estávamos em um pouco mais de tempo do que pensávamos, já que tentávamos tomar cuidado com o que podia estar a frente, fora que não conseguíamos ver nada, mas chegamos a praia depois de um tempo. A água escura que nos separava da Ilha do Sul estava quente por conta do clima e a arei tornava a caminhada fácil, mas foi realmente difícil fazer Coliz entrar na água, porque por mais que eu soubesse do seu medo, isso não ajudou muito

- Escuta, temos que nos distanciar, vão nos achar e nos matar se ficarmos aqui.
- Não me importo, prefiro morrer na mão deles do que...- a frase morreu na boca dela
- Tem certeza? Porque acho que vão se sentir traídos quando perceberem que fugimos, ainda mais agora que o Fleer acabou de morrer, e você já viu a imaginação deles na hora de acabar com alguém, especialmente a Gerlya que tem uma linda amizade com você, não é?
Ela ficou em silencio e parada, não fez nada, mas pelo menos quando eu peguei no braço dela e fui a arrastando pela água, ela não lutou nem reclamou, apenas não se mexia sozinha com medo que o trauma dela pudesse se repetir. Não a culpo, também fiquei chocando e apavorado quando soube o que aconteceu com meu pai naquele dia, mas tenho certeza que foi mil vezes pior para já que viu a coisa toda bem de perto, já que perdeu os dois pais e eles tiveram uma morte muito pior que a do meu.
Assim que saímos da praia ela voltou a se mexer e a anda até mais rápida que eu, agora que lembrava que precisava-mos ficar o mais longe possível. Andamos por um bom tempo até começarmos a ficar cansados e com sono, mas Coliz fazia questão de andarmos um pouco mais sempre que parávamos. Um tempo depois, a insignia da Captal apareceu no céu e nós dois paramos para ver que tinha morrido hoje. Primeiro uma garota do 3 apareceu, então Fleer com os cabelos e os olhos escuros e o rosto de garoto levado, depois o rosto do garoto do 12 e ino começou a tocar e o céu voltou a ficar escuro. Ficamos lá, deitados por um bom tempo, tentando decidir se dormíamos ou não, até ouvirmos alguma coisa mais ao longe. Nos levantamos rápido e olhamos em volta. Passos e vozes baixas vinham não muito longe de nós, e tinha certeza de que era mais de dois, ou seja, se nos achassem, morreríamos por conta da indisposição. Até perceber que essa podia ser nossa chance. Talvez podíamos nos juntar a eles e assim ficarmos mais protegidos e numerosos do que os carreiristas, quem sabe até caça-los mais tarde se quiséssemos, e então acabar com eles. Era meio frio pensar assim, mas era um jeito de nos mantermos vivos por mais tempo, então fiquei lá, em silencio, esperando eles virem, tentando não parecer tão acabado, mas nem precisei tanto, porque assim que vi eles, percebi que estavam piores que nós
Uma garota pequena de cabelos castanhos do distrito 10 que parecia muito cansada, um garoto do 11 que parecia mais pálido do que me lembrava, o pescoço enrolado em ataduras que estavam encharcadas de sangue e que se apoiava numa garota que devia ser do distrito dele, com cabelos castanhos, magra com uma parte do braço tambem enfaixada, mancando um pouco. Esses eram as pessoas que encontramos, e que assim que nos viram, não tiveram outra reação se não apenas ficar nos encarando, já que estavam armado apenas com estacas e lanças feitas de galhos.
- Coliz?- ouvi a garota do 10 falar baixo
- Nara! E... VOCÊ!- Coliz falou e se virou drasticamente para o garoto do 11
- Ora ora, parece que você conseguiu se virar bem, quatro- O garoto falou com um sorriso de deboche
A partir dai não intendi mais nada. Coliz se tacou em cima dele e os dois começaram a brigar ferozmente em quanto a garota do 11 e eu tentávamos separa-los até que finalmente consegui imobilizar a Coliz e o garoto ficou atras da garota do distrito dele. Coliz praticamente espumava de raiva e se agitava tentando escapar e acertar o garoto
- Me solta! Deixa eu terminar o que comecei com esse imbecil! Falta só mais um pouco pra cabeça dele sair do pescoço!- ela gritava indignada
- Tenta e eu juro que faço com seu outro olho o que não consegui fazer com esse ai todo costurado!!- Ele gritou de volta.
Fiquei segurando a Coliz até que ela se acalmou, mas mesmo assim depois que ela levantou eu continuei segurando o braço dela, já que os dois ainda pareciam a ponto de se tacar um em cima do outro de novo.
- Vocês não são carreristas?- A garota do 11 finalmente perguntou depois de um bom tempo em silencio
- Eramos, mas não confiamos muito neles- respondi ainda avaliando eles- Parece que precisam de ajuda
- Vocês também não parecem muito melhores- A garota do 11 rebateu
- Talvez, mas realmente prefiro continuar sozinha- Coliz falou e se virou para mim- Vamos acabar logo com isso, Viller
- Como assim ?- perguntei, porque tinha a intenção de me juntar a eles, não a mata-los
- Você achou mesmo que íamos nos juntar a eles? Uma garota desnutrida toda esfolada, uma outra que não consegue nem lançar uma lança direito e um garoto mais esfolado ainda que eu quero morto a dois dias? Acho que faz muito mais sentido  acabar logo com eles já que estamos em melhores condições e assim teríamos menos inimigos- Ela falou fria e com raiva, fazendo os outros começarem a ficar em posição de ataque
Olhei para o pequeno grupo que tínhamos esbarrado. Okay, não era exatamente a melhor ideia que já tive, e estávamos realmente em condições de acabar com eles, mas os pontos positivos se sobressaiam aos negativos.

- Licença um minuto?- falei para eles e andei um pouco mais para longe dele e levei ela até atraz de uma arvore para que eles não nos ouvissem e cochichei- Escuta, sei que esta com fome e cansada, mas precisamos do máximo de ajuda que conseguimos...
- Deles? Não, obrigada, dispenso- ela falou meio revoltada
- Ei, quer que os carreristas ganhem de novo? Nós temos o que eles precisão e eles tem o que nós precisamos
-Como por exemplo...?- ela perguntou e cruzou os braços num ar de desafio
- Reforço. Geralmente o pessoal do 11 sempre sabe onde achar comida
- Nós temos comida- ela rebateu
- Mas acha mesmo que vai durar o jogo todo? Podemos até conseguir comida no mar, mas e se toparmos com os carreristas? Com os sapos outra vez? Temos mais chances com eles do que sem.
- Podemos nos proteger e fugir sozinhos
- É mesmo? Por quanto tempo?- agora eu falava com tom de odio e desafio
- E então? Vão ficar ai por quanto tempo?- Ouvimos o garoto do 11 gritar do outro lado
Ele me encarrou com raiva uma ultima vez e gritou de raiva

Saímos de traz da arvore, voltamos até ele, e a muito contragosto de Coliz, acabamos falando para eles sobre nossas condições e os beneficios de se juntarem a nós, afinal, eramos os melhores em luta entre eles, estávamos menos machucados, tínhamos comida e remédios. Eles ficaram meio relutantes no começo, mas logo acabaram concordando. Andamos mais um pouco em silencio pela selva, Coliz na frente para cuidar do caminho e nos proteger, A garota do 10, a garota e o garoto do 11 e depois eu para ver se alguma coisa estava atrás de nós. A selva escura que nos rodiava parecia especialemente quente naquele dia, mas os sons de insetos e animais não pareciam tão altos quanto nos outros dias, e eu podia sentir todas as câmeras focadas em nós, apenas esperando que começássemos a nos matar ali mesmo. O clima continuava tenso, podia sentir Coliz xingando o Garoto do 11 mentalmente, assim como ele, alem da respiração forçada de cansaço de todos os outros. Depois de um tempo, não sabia o que me incomodava mais, o suor ou os meus pés que formigavam. A Garota do 10 acabou caindo no chão de cansaço e o garoto do 11 também havia caído pela 5° vez, eu estava andando a tropeços e eu já começava a ver as ataduras que envolviam os pulsos escondidos por de baixo das luvas da Coliz começarem a ficarem manchadas, então resolvemos parar e descansarmos. Nara me mostrou uma maneira de cavar uma especie de trincheira para nos escondermos em baixo das grandes raízes e nos mantermos frescos( já que por alguma razão, a terra era úmida e fresca) em quanto Coliz separava o que iriamos comer e a garota do 11 aplicava os remédios no garoto do seu distrito e nela, as vezes na outra garota também. Terminei de cavar e começei a comer com todo mundo,ninguém falava ou olhava para ninguem, e quando acabamos, começamos a tentar decidir que montaria guarda
- Pode deixar que eu fico,estou sem sono e tenho que terminar de cuidar do Matew. Ainda preciso cuidar do corte no pescoço dele- A garota do 11 falou e ai eu percebi o quanto sujo e molhado de sangue as ataduras estavam
- Nem pensar, você esta exausta. Posso fazer isso sozinho.- O garoto do 11, Matew, retrucou
- Sim, mas não vai conseguir fazer direito se não consegue nem ver!- A garota retrucou
- Não seria melhor que a Coliz fizesse isso? Afinal, se ela consegue fazer isso no proprio rosto, vai conseguir em você- A garota do 10 sugeriu
- Por mim vai ser um prazer- Coliz respondeu com um olhar maldoso e malicioso- Mas não vou ficar de guarda. Preciso dormir
- Tá, eu e a... Desculpa, não sei seu nome- Falei e me dirigi a garota do 11
- Sou Emy- Ela falou se levantou para apertar minha mão- É, acho que vai ser melhor assim
Todos concordaram, então Coliz foi cuidar do corte do Matew e eu e a Emy fomos montar guarda. Ouvíamos Matew reclamar de dor em quanto Coliz fechava o corte, o que gerava mais reclamações de Emy de que ela deveria ser mais cuidadosa e delicada, mas ela retrucava falando que estava fazendo o máximo que podia para tomar cuidado, o que era verdade, já que ela fazia exatamente o que fez com o rosto dela e eu sabia que nada podia tornar a dor menor, mas a felicidade e a satisfação dela eram evidentes cada vez que ela fazia mais um ponto e se forçava a não rir. Finalmente, ela acabou, deu a e ele um analgésico em pilula e enrolou o pescoço dele com ataduras e foi dormir. deixando eu e a Emy em uma patrulha silenciosa.

Viller Off

domingo, 12 de outubro de 2014

Sobrevivencia Desesperada- Capitulo 5

Matew On

A selva era escura, quente e assustadora. Os sons que vinham de mais de dentro da selva era realmente estranhos, provavelmente de animais modificados pala Capital, mas era assustador imaginar que algum deles podia resolver fazer uma boquinha a noite. Mas uma coisa me deixava inquieto, era que Emy estava viva, ou seja, podia sair a procura-la agora mesmo, pouco importava se estava com sono ou sede, já que não achamos água fora a água salgada do mar. Mas eu sabia que tinha que me controlar, que tinha que pensar no que fazia, afinal, não ia conseguir acha-la se ficasse andando a noite, podia encontrar carrerista, me perder, e sabe-se lá o que mais. Não, eu vou esperar amanhecer, e ai sim, nada vai me impedir de achar ela.
Esse é meu problema. Tudo que faço em relação a Emy é por impulso, instinto, vontade de protege-la e ficar com ela, sem pensar muito, sem nem querer saber se vou me ferrar, por que se ela estiver bem e comigo tanto faz o resto. Ela é meu unico, grande, perfeito e maravilhoso problema, mas ainda era um problema.
Fiquei de tocaia por um bom tempo, meio inquieto por causa dos pensamentos e dos barulhos da selva, então acabei indo fazer uma armadilha com uns cipós das arvores que achava para ver se na manhã seguinte teria sorte. Fiz uma armadilha simples a alguns poucos metros de distancia voltei a ficar de tocaia perto da Nara. O tempo foi passando e por mais que eu tentasse, meus olhos começaram a ficar pesados e quase não ma aguentava em pé, e por mais que eu odiasse a ideia de acordar Nara, que dormia tão tranquila no saco de dormir, sabia que tinha que dormir ou não conseguiria ficar acordado ou prestar atenção em nada, e nos jogo isso pode custar sua vida. Acordei a Nara, que não ficou brava por precisar ficar de ronda, então eu me aconcheguei no saco de dormir e dormi em questão de segundos.
Quando Nara me acordou, o sol já estava brilhando no seu meio roxo meio rosa do amanhecer.Me levantei, comemos as frutas secas e eu começei a procurar por raizes, frutas ou plantas comestiveis, já que fiz isso minha vida inteira, mas esse não é um ambiente da qual estou acostumado, as plantas e arvores me parecem estranho, e apenas alguns cantos de passaros me parecem familiares, mesmo assim consegui com muito esforço achar algumas raizes e algumas frutinhas vermelhas, e como alguns esquilos estavam comendo, achei que não deviam ser venenosas, para comer mais tarde, mas o que mais prescisavamos era de agua, uma coisa que não achamos nem rastro. Fui olhar a armadilha que fiz na noite passada, mas nenhuma sorte, estava vazia, então arrumamos as coisas e começamos a andar, tanto para achar agua, quanto a Emy.
Já estavamos andando por algum tempo quando de repente ouvimos um grito alto, proximo e agudo. Tinha certesa que era a voz de Emy. Desesperado começei a correr o mais rapido que consegui na direção do grito, deixando Nara para traz, tentando chegar até Emy. Logo A vi de longe, correndo na minha direção com uma cara de assustada, e atras dela estavam o garoto do 1, os os dois do Distrito 2 e a garota do 4, todos com uma cara maliciosa e animada
- Volta aqui, fofinha!- gritou a garota do 2, segurando sua espada
- Nem começamos a nos divertir!- falou o garoto alto e meio forte do 1, que segurava uma lança, e começou a rir
Ouvi elas gritando a palavra "corre" e assim que ela estava perto de mim, começei a correr tambem. Mesmo que elas estivesse atraz dela, duvido que fossem perder a oportunidade de acabar com outro tributo. Continuei a correr o mais rapido que podia, mas eles começavam a chegar cada vez mais rapido. Nara apareceu mais a frente, e depois que viu a situação, ela correu para a direção oposta.
- Siga a Nara! Eu vou tentar distrair eles!- gritei para Emy, que acenou com a cabeça e correu para a esquerda em quanto eu fui para a direita.
A garota do 4 e o garoto do 1 me seguiram em quanto o garoto e a garota do 2 foram na direção da Emy e da Nara. Em quanto corria, podia sentir eles chegando cada vez mais perto, até que uma faca passou raspando pelo meu pescoço e fez um corte bem fundo se abrir, mas não sentia dor por conta da adrenalina  e não diminui o ritmo da corrida
- Merda, errei!- ouvi a garota gritar e pegar mais uma faca
Precisava pensar em alguma coisa. E rapido. Algo que os atrasasse ou...
Começei a correr para outra direção e os carrerista foram me seguindo. O plano era simples, chagar até onde nós acampamos noite passada e tentar fazer com que eles caissem na minha armadilha. Por sorte não estava tão longe do lugar, porque logo reconheci o arbusto grande e estranho que ficava do lado da armadilha. Fui correndo na direção dela e quando estava um pouco antes dela, pulei por cima da armadilha, corri mais um pouco e olhei para traz. A garota do 4 tinha prendido a perna e caido de boca no chão, em quanto o garoto do 1 tropeçou nela e tambem caiu. Isso me deu tempo, mas pouco porque a garota do 4 pegou uma das facas dela, cortou a armadilha, o garoto do um se levantou (com sangue escorrendo do nariz) e voltaram a correr. Mas o tempo foi suficiente, porque consegui me esconder de baixo de uma das raizes grandes de arvore, bem quando eles apareceram. Meio atordoados ainda, eles pararam e olharam ao redor, procurando som de alguem correndo ou qualquer sinal meu
- Vai por ali que eu vo por lá- ouvi o garoto falando e os dois saindo meio correndo meio andando. Uma coisa boa foi que o garoto foi  para a direção oposta de onde eu estava e se afastou rapidamente, mas a garota vinha na direção do meus esconderijo. Fiquei parado esperando ela passar, mas uma hora ela parou praticamente na minha frente e ficou olhado em volta. Era minha chance. Pulei em cima dela e a derrubei no chão, mas ela era rapida, pegou uma faca e tentou me acetar, então sai de cima dela para não ser cortado pela lamina. Continuamos brigando, ela tentando me atingir com a faca, até que eu finalmente consegui agarra-la e joga-la longe
 
 Ela levantou e jogou a faca, que passou raspando pala minha cabeça e se fincou na arvore atraz de mim. Em quanto tirava a faca da arvore, a garota do 4 já pegava outra faca do cinto dela e me atacava. Mais uma vez desviei e contra-ataquei mirando no olho dela, mas só consegui abrir um corte bem fundo no rosto dela, que por pouco não a deixou cega. Ela gritou de dor.
- Coliz? Coliz!- ouvi o garoto do 1 gritar. Ele estava perto
Aproveitei que ela estava abaixada no chão reclamando de dor e corri para a direção oposta da voz do garoto. Por mais que estivesse quase sem folego, continuei correndo o mais rapido que podia, me distanciando e temendo que estivessem ainda atraz de mim. Metros e mais metros depois, eu fui puxado por um braço, me desequilibrei e cai em uma das raizes de arvore. Olho para cima e vejo Emy e Nara.
- Onde eles estão? Eles estão vindo?- Emy pergutou para mim rapido e assustada
- Machuquei... a ga...garota do 4... e...despistei o... garoto do 1- falei tentando respirar. mas o ar parecia simplesmente não me ajudar
Elas deram um susupiro de alivio e sentara na minha frente, em quanto minha respiração começava a voltar ao normal. Emy se virou para mim e seu rosto calmo e aliviado tornou a ficar assutado e preocupado em segundo
- Que sangue é esse?!- ela perguntou apontando para minha camisa, que estava manchada de vermelho vivo
- Não é meu sangue- falei- é da garota do 4
- E esse saindo do seu pescoço?- ela passou a mão dele e eu comecei a sentir dor
- Ta, esse é completamente meu-felei
Agora que começava a me acalmar, a adrenalina foi embora e a dor dos machucados, arranhoes e hematomas começava a ficar cada vez maior.
Emy pegou um pedaço de musgo de uma pedra e apertou no meu pescoço. A dor foi horrivel e eu acabei soltando uma reclamação
- Ela cortou a a arteria principal onde passa mais sangue. Tenta estancar isso ai antes que você perca mais sangue.- ela falou e deixou o pedaço de musgo para que eu segurasse
- Mas vocês estão bem?- perguntei tentando suportar a dor
- Quase ilesa. Nos ralamos um pouco, mas acertaram a Nara com um daqueles bumerangues estranhos com laminas- ela falou e então eu vi no braço dela um grande corte que sangrava muito
- Nós nos livramos deles nos escondendo no lugar onde durmimos ontem, e quando eles estava quase nos achando, ouviram um grito e foram correndo ver o que era. Saimos de lá e nos escondemos aqui pra te esperar- Nara falou
- Era a garota do 4- falei e começei a explicar para elas. Em alguns poucos minutos já tinha contado tudo que tinha acontecido e o corte que fiz nela
Ficamos lá por mais um tempo. Comemos as raizes e  as frutinhas vermelhas que achei mais cedo e tomamos o pouco de agua que a Emy ainda tinha. Ela falou que achou um riacho na ilha que fica no Leste e que podiamos ir lá para aranjar mais agua. Então decidimos que iriamos para lá, arrumamos nossas coisas e começamos a seguir a bussola em direção Leste.
Em quanto caminhava, me perguntava como estava a garota do três e se eles viriam atraz de nós.
Matew off

Coliz On


Nunca sinti tanta dor. O sangue quente escorria do meu rosto e deixava meu olho ardendo e sem ver nada. Quando gritei, Millow, o garoto alto, forte do 1, apareceu, mas  o garoto do 11 já tinha fugido. Não só ele como o Ruddy, o garoto baixo, moreno do 2, e a Gerlya, a garota mais ou menos da minha idade cabelos ondulados castanhos e chata do 2, apareceram para ver o que tinha acontecido.
- Ah, droga era só você- Gerlya falou meio decepcionada- Sabia que quase pegamos aquelas garotinhas?- ela falou com tom de raiva
- Sabia que estou sangrando e quase arrancaram meu olho?- falei quase gritando com ela
- Parem, vocês duas. Vamos voltar para a Cornocopia, prescisamos descançar e eu já estou ficando com fome.
Todos concordamos e fomos andando de volta para a Cornocopia. Ruddy teve que me ajudar na parte de andar já que meu pé doia e não conseguia ver, mas por sorte mesmo ele sendo baixo, ele era forte e conseguiu me ajudar. A cada meia hora, Gerlya ficava reclamando que estavamos muito longe e que quase matou aqueles garotos com aquela voz desafinada e enjoada dela. Juro que se não fosse pelos outros, já tinha matado ela a muito tempo, mas os outros ainda estavam desconfiando um pouco de mim. Em algum momento da nossa caminhada, ouvimos o tiro de um canhão que sinalizava que alguem morreu, e eu torcia com toda vontade que tivesse sido o garoto do 11 que morreu pela perda de sangue, porque deis de que saimos daquele lugar, eu xingava, reclamava e falava todos os palavrões que conhecia baixinho ou na minha cabeça, por que juro que vou me vingar daquele imbecil.
Quando eles me aceitaram como carrerista, fizeram isso por causa da minha ahabilidade mas tava na cara que não confiavam muito em mim, mas acabei conseguindo faze-los relaxar com a ajuda do Viller, que tambem tinha entrado no grupo. O bom disso é que temos muita comida, agua e armas, ou seja, pude pegar um monte de facas só para mim já que ninguem mais sabe usar alem de mim, e um sinto especial só pra carrega-las de forma que possa tirar e lançar com facilidade. Mas no momento, o que eu mais quero é o kit de primeiros socorros que tem lá
Chegamos lá quando o sol já quase sumira. Viller, Narla, que era uma garota alta, loira e forte do 2, e  o garoto do 6 chamado Fleer, que ficaram lá vigiando o lugar em quanto saimos para caçar, nos recepicionaram com a noticia de que tinha conseguido pegar o garoto do 8. Isso explica o som do tiro de canhão, o que me deixou meio desapontada, mas já era um começo.
Em quanto os outros começavam a comer, eu peguei o kit de primeiros socorros, limpei o ferrimento e passei uma pomada que fez meu rosto doer ainda mais para ver se melhorava, mas depois de um tempo cheguei a conclusão de que ele não se fecharia sozinho, então sentei no chão em frente ao escudos de metal que tinhamos, e com a ajuda de uma agulha a linha que achei na caixinha, eu começei a costurar o ferimento, o que de longe foi pior do que resceber o golpe. A cada ponto que eu dava, um leve gritinho, gemido ou reclamação escapava da minha boca por conta da dor, e sangue manchava mais ainda minha roupa, mas depois de alguns longos, sofridos e torturosos minutos, eu finalmente acabei, ficaram meio mal feitos, mas acabei, tomei umas pilulas anestésicas que achei para aliviar a dor e tentei limpar um pouco minhas mão e meu rosto no mar, mas meu rosto ainda estavam sensiveis, então deixei meio machado de sangue mesmo
- Minha nossa- Exclamou Millow quando me juntei a eles para comer
- Você ta horrivel! Que nojo!- Gerlya falou enojada fazendo uma careta para mim

Juro que só não começei a xingar ela, porque qualquer movimento do meu rosto era dolorido, então simplesmente me sentei em silencio e comi o que tinha. Maças, carne seca, cereais e um pouco de agua. O unico bom agora é que alem de estar de barriga cheia, os machucados que consegui no Banho de Sangue no começo dos jogos já sumiram graças aos remedios da capitais. Quando chegou a horas de nós dormimos, falei que não ia conseguir dormir então ia ficar vigiando primeiro e mesmo com a relutancia deles, acabaram aceitando, já que Viller ficaria tambem
Ficamos lá, eu e o Viller me silencio por um tempo até que ele perguntou:
- Você confia neles?- ele falou sussurando por não estarmos tão longe assim de onde todos dormiam
- Nem um pouco, e você?
- Tambem não. Escuta, pensei em nós dois fugirmos, roubarmos algumas coisas e irmos o mais longe que conseguirmos
- O que? Agora?- Falei surpresa. Não imaginava que ele fosse sugeriri uma coisa dessas já que parecia se dar bem com eles
- Não, mais tarde. Podemos ficar de guarda amanhã a noite de novo e quando tomos estiverem saindo,nós sumimos de vista, vamos para bem longe.
Ele olhava esperansoso para mim, porem duvidoso, pois sabia que se ele saisse sozinho ia morrer na certa, mas juntos podiamos despista-los. Fiquei em silencio por um tempo, até que respondi
- Por que não? É uma boa ideia. Então fujimos amanhã. Mas por que não matamos todos agora? Podiamos ficar com tudo para nós é seria melhor
- Mesmo estando dormindo, eles vão acabar acordando e não vamos conseguir matar todos sem morrer. São 4 contra 2, é suicidio tentar. Alem do que,  se eles continuarem assim, vão acabar eliminando outras pessoas, ainda mais se não conseguirem nos achar, e assim eliminando nossos concorentes tambem.
Pensei um pouco e concordei. Ele estava certo, era melhor simplesmente sairmos de cena. Já estava começando a ficar com sono, então fui acordar um deles para ficar no me lugar. Mesmo dormindo em um saco de dormir, me senti desconfortavel, e ainda sentia dor no rosto, então demorei um pouco pra dormir, mas finalmente consegui
Tive pesadelos de que uma faca estava cortando todo meu rosto sozinha, manchando minha visão de vermelho, e logo depois sou lançada no mar sem conseguir nadar ou respirar, e vou caindo, deixando a superficie cada vez mais longe, até que finalmente acordo suando. A dor do meu rosto na verdade melhorou, e quando olhei meu reflexo no escudo outra vez, podia ver que os pontos e o remedi ajudaram a fechar um pouco o corte, mas não o suficiente para tirar a linha. Quando acordei, Fleer, Ruddy e Narla já estavam de pé, comendo juntos
- Bom dia, Frankenstain- falou brincando
- Cala a boca- Falei mal humorada e peguei uma maça- Vocês estão pensando em sair pra caçar hoje de novo? -perguntei para eles
- Sim, vamos eu, o Millow, o Ruddy, a Gerlya e você.- Fleet falou
- Me tira dessa, vo dar não acho que vou servir para alguma coisa desse jeito, não conseigo nem ver direito ainda. Pode ir no meu lugar, Narla?- perguntei para Narla, que pareceu impolgada com a ideia
- Okay. Acho que vou acordar eles, daqui a pouco nós vamos sair e ver se conseguimos matar alguem- falou o Ruddy se levantando para ir acordar  Gerlya, Millow e Viller
Eu odiava isso. Eles falavam em matar pessoas como se fosse a coisa mais normal do mundo, como se não fosse nada, como se estivessem simplesmente matando insetos, como se.... Emfim, era repugnante. E o pior foi o dia em que eles começaram a falar de maneiras de matar, esquartejando, cortando a cabeça fora (esse era o preferido do Millow), ou simplesmente deixa-lo sangrando até morrer. Mesmo eles sendo treinados para matar e lutar deis de pequenos, isso era algo assustador, uma das razões para não conseguir confiar neles.
Em uma hora, todos já estavam acordado, prontos e já começavam a fazer suas coisas, assim eu fiquei na Cornocopia com Viller, passando mais uma camada de remedio no meu corte e tentando arranjar o que fazer. Ficamos lá, por horas e horas, brincando de acertar coisas de longe eaté de jogar coisas no mar o mais longe possivel
- Joguei mais longe- Viller falou depois de tacar uma conchinha no mar
- Nadaver, eu joguei bem mais longe que isso!
- Ta bom então- ele falou, se abaixou, pegou uma pedrinha e deu para mim- Prove
Peguei a pedra e joguei com toda força no mar, e ela foi quicando até bater em alguma coisa e afundar.Não deveria ter afundado, alias, não devia nem ter algo para bater, então minha reação foi ficar olhando, esperando para ver se conseguia olhar no que ela tinha batido. No começo não aconteceu nada. Podia ser apenas uma pedra, uma parede de corrais, ou... ou...
- O que é aquilo?!- Viller perguntou

O lugar onde a pedra tinha caido começava agora a borbulhar, e alguma coisa viscosa, gosmenta e cinzenta começou a emergir do mar e vir na nossa direção, um não, uns varios. Segurei o braço de Viller e o arrastei para fora do mar, já que ele parecia hipnotizado pelo que estava acontecendo. Corri até a entrada da Cornocópia e depois olhei para traz de onde as coisas saim. No começo me pareceu apenas uma gelatina ambulante, mas a forma viscosa foi tomando forma até que as pernas e braços finos demais para o corpo gordo e pesado ficassem reconheciveis. Olhos grandes e pretos, apenas bolas enormes, opacas e brancas que prendiam de cada lado da pequena cabeça do animal que agora me lembrava muito um sapo gigante e preto como carvão. A boca que abria e fechava deixava bem amostra os grandes e pontudos dentes que pareciam ocupar toda a boca, como um tubarão. Um bestante simlesmente assustador.
Bestantes são animais que a Capital muda geneticamente até atingirem uma forma monstruosa e mortal, sendo ela uma ave, uma mamifero, lagarto ou qualquer coisa que possa se locomover sozinha e são bem comuns e usados durante os jogos para torna-los mais interessantes, mas nunca havia visto nada parecido.
Os Bestante-Sapo, que agora se esticavam até ficar maios que eu, pulavam na direção de mim e de Viller. Me virei, peguei algumas facas e começai a taca-las nos sapos, em quanto Viller usava uma lança para mante-los bem longe de nós. Assim que eles chegaram perto demais, resolvi pegar uma espada e acabar com eles, um por um, arrancando suas pequenas cabeças ou cortando-os até que todo o sangue roxo deles saisse do seu corpo. Eu e Viller continuavamos lutando, mas ficavamos cada vez mais cansados, cada vez mais machucados e cada vez mais incurralados pelos Sapos. Tinhamos que achar um jeito de acabar logo com aquilo, mas como? Podiamos continuar tentando matar todosum por um até não sobrarem mais, mas eu sabia que se fizessemos isso  seria só uma questão de tempo até que eles nos derrubassem e nos comessem vivos. Tinha que ter outra coisa. Foi ai que percebi
Sem querer, havia tacado uma das armas para longe, e assim que ela caiu no chão, alguns deles começaram a ir na direção da arma, mas a maioria continuava a tentar nos mordes e esmagar com seus corpos enormes. Claro, é por isso que tinham os olhos brancos e pastosos como leite. Eram cegos, e se orientavam pelos sons a sua volta, já que sua audição deveria ser altamente sensível a qualquer ruido, especialmente ao barulho da minha arma cortando os corpos dos seus amiguinhos. Podia usar isso contra eles?
- Viller! Tive uma ideia!- gritei bem alto para que ele ouvisse, porque alem de estarmos um pouco longe um do outro, os sapos começaram a prouduzir um som entre um coaxado e um grito estridente
Peguei um dos escudos que tinhamos e com toda força, começei a bater nela com a espada, produzindo um som alto e metalico. Na mesma hora, os sapos gigantes começaram a se afastar, sacudindo suas cabeças meio atordoados pelo som. Viller pegou outro escudo e bateu nele com seu tridente. Os sapos estavam se afastando mais ainda, mas prescisavamos que eles fossem embora, ou que suas caças estourassem com o barulho. Começei a gritar o mais alto que conseguia na direção deles, assim como Viller, e os Sapos Gigantes começaram ou a cair mortos no chão ou a pular para o lado oposto. Um tempo depois, todos os sapos que sobraram sairam correndo pela praia tentando fugir do barulho, e só paramos de gritar e bater nos escudos um tempo depois que eles sumiram da nossa vista
Cansados e com a garganta doendo, nos sentamos no chão ofegantes.
- Detestos sapos- Viller falou meio rouco
- Somos dois- concordei
Coliz Off

sábado, 4 de outubro de 2014

Sobrevivencia Desesperada- Capitulo 4


Coliz On

Acordei mais uma vez com falta de ar e com dores musculares em varios lugares, mas dessa vez o sol já começa a iluminas a Capital. Estou molhada. Urina? Não, não faço xixi na cama deis dos 4 anos. Suor? Não, é algo mais espeço e com um cheiro pior. Me levando e vejo as cobertas tingidas de um vermelho vivo. Sangue. Sangue nos lençois, no travesseiro, no meu rosto e principalmente saindo do meu pulço. Droga.
Me levantei bem rapido e fui até o banheiro lavar o ferimento e tentar estancar o sangue com uma toalha qualquer, que ficava vermelha rapidamente. A muito tempo meus cortes não se abriam e ve-los sangrando de novo me deixou aterrorizada com as lembranças. Quando era menor, acho que uns 4 anos atraz, um pouco depois dos meus pais morrerem, eu acabei me cortando por conta da deprimencia. A dor, o sangue e a fraqueza eram horriveis, mas de alguma forma eu sentia certo alivio de ver minha vida vazando aos poucos, era algo que eu não intendia, mas me ajudava e me acalmava. Um dia uma mulher me pegou atraz de um dos predios abandonados perto da sua casa, com os pulços abertos mais um vez, e me levou para sua casa. Por sorte ela era uma especie de curandeira, enfermeira, porque daquela vez eu me descontrolei e quase acabei desmaiando. Ela chamou meu tio e me ajudou a me levar para casa. Meu tio me deu uma bronca, mas depois acabou caindo em lagrimas pedindo para que eu parasse, então prometi que tentaria. Claro que acabei me cortando umas outras duas ou três vezes antes de para definitivamente com esse vicio, mas acabei parando e me sentindo aliviada ao ver que os cortes começavam a cicatrizar. Vez ou outra eles abriam de novo por estarem muito fracos , por isso evitava sair de casa, correr muito ou fazer educação fisica na escola, e logo se tornava cada vez menos frequente eles se abrirem, na verdade, não se abriram mais por qualquer coisa. Pelo menos até agora. Acho que por causa dos meus pesadelos, da minha agitação enquanto dormia e o medo de encarrar o dia de hoje.
O começo dos jogos e da minha provavel morte precoce. Maravilha. Passei algumas horas da noite imaginando como seria, mas era algo muito dificil já que a arena pode variar do deserto mais escaldante e seco as montanhas mais geladas, as florestas mais verdes a praias quentes, então logo voltava a dormir.
Assim que o sangue parou de escorrer e começou a estancar, fui até a sala procurar uma maletinha de primeiros socorros que tinha visto mais cedo, esperando não achar ninguem já que só teriamos que sair as 3 da tarde e ainda eram 7 da manhã, mas encontrei Viller sentado na bancada bebendo café
- Não devia estar dormindo?- perguntei me aproximando
- Pergunto o mesmo a você- ele responde
- Então acho que nós dois não conseguimos dormir, não é?
- Mais ou menos isso. O que é isso no seu braço?- ele falou apontando para a toalha que eu prensava no pulço e que um dia foi branca
- É que... houve um acidente... me mexo demais quando durmo...- falei meio relutante. Ela não pareceu convencido

- Sei, sei...- ele se levantou e segurou meu braço- acho que tem um kit de primeiros socorros por aqui
Não demorou muito para acharmos a maletinha. Ele passou uma das pomadas com cheiro forte que tinha e passou no meu braço, minha primeira sensação foi de pura dor, depois o melhor dos alivios que já senti. Ele tambem me ajudou a enrolar meu braço com os rolos de esparadrapo e a guardar as coisas
- Acho melhor esconder isso- ele falou
- Sim... Acho que já sei como- falei e voltei ao meu quarto, fucei nas gavetas e encontrei as roupas que usava no dia da colheita, o vestido cinza esverdeado com  mangas compridas , a sapatilha marrom e, o que eu procurava, luvas de couro
As luvas não eram muito grossas e era do meu pai, mas acabei ficando com elas, ainda mais porque elas cobriam meus braços até o ante-braço, assim, escondendo os cortes. Os coloquei e voltei para a sala onde Viller já começava a comer, então o acompanhei. Comi bastante e depois fiquei desenhando um pouco em uma folha de papel em quanto os outros comiam. Genilla fez questão de me elogiar, assim como Calwin a até o Viller. Enfim, o nosso tempo de ficar de bobeira ser esgotou e logo, eu fui arrastada até o terraço do lugar, onde implantara um rastreador no meu braço (afinal, é horrivel quando o caçador perde sua presa) e me levaram a um lugar onde colocariamos as roupas designadas e esperaríamos para ser lançados na arena. A viagem foi rapida, não mais do que uns 10 a 20 minutos, mas assim que entrei no predio que me levaria ao subsolo na arena, o tempo parecia se arrastar. Fancily me ajudou a colocar o macacão colado preto com manga curta que não que só me cobria até a coxa, deicando minha canela exposta, com um capuz e botas cinzas de cano curto
- Pelo visto a arena esse ano vai ser bem molhada. Roupa impermeavel- ela falou- Acho que não sera um problema então, certo?- ela sorriu
- Claro...- falei meio nervosa
- O que é...- ela começou quando tirou minhas luvas e viu minhas mãos enfaixadas, agora começando a ficar manchadas de vermelho outra vez.
- Um acidente. Só... posso ficar com as luvas?
- Bem, não tenho certesa, mas- ela pegou as luvas e colocou com cuidado de volta- Não acho que va matar alguem
Me sentei em um dos banco que tinha lá e fiquei olhando para o nada, apenas esperando. Fancily tentou puxar conversa uma vez mas depois percebeu que não estava afim de conversa, e acho que ela tambem não. Bebi um pouco de agua, mas ela descia que nem pedra. Logo ouvi o som de um sino que sinalizava que deveria entrar na plataforma que me levaria até a arena a cima de mim. Abracei Fancily, agradeci por tudo e ela me desejou boa sorte. Fiquei em cima da plataforma que se fechou e me levou para cima
No começo, a claridade do sol me deixou meio zonza e quase achei que ia cair da plataforma (o que seria horrivel, já que se um tributo saísse antes do sinal, uma bomba seria acionada e a pessoa explodiria em milhares de pedaços), mas quando me acostumei, consegui ver a arena nitidamente. Todos os tributos estavam alinhados um do lado do outro com a mesma roupa que eu.  A uns 10 metros de distancia, estava a Cornocopia, refletindo o sol brilhante na sua estrutura metalica em forma retangular, e dentro, pilhas de potes e baus que deviam conter comida, agua, remedios, fora as armas reluzentes e arrumadas, prontas para cortar qualquer cabeça fora. Olhei para o chão e vi areia, leve e dourada cobrindo uma grande estenção da ilha em que estavamos.Atraz de nós, podia ver um vasta selva com alguns barulhos estranhos, ao Norte, não muito longe e nem muito perto, podia ver a silhueta de uma outra ilhazinha, assim como a leste,onde uma ilha um pouco menor e mais distante estava, e a oeste, onde duas outras diminutas ilhas ainda estavam. A agua era verde e quase não se via muita coisa, com poucas ondas, um mar calmo que se estendia até onde a vista conseguia alcançar. O ceu azul e limpo deixavam o sol brilhar forte. Resumindo, eu me sentia em casa, Era como se a ilha fosse feita para mim, e ao mesmo tempo para me deixar atordoada, porque pelo fato de parecer tanto com a minha casa é que me deixava confusa.
Faltavam alguns segundos para nós podermos sair das nossas plataformas. Todos os tributos já se aprontavam ou para fugir para dentro da selva atraz de nós, ou nadar para alguma das ilhas que não estavam tão distantes ou para tentar chegar a Cornocopia. Então o alarme suou, e minha unica reação foi me tacar na areia e correr para a Cornocopia.
A areia tornava a corrida mais dificil, e assim, muitas pessoas tropeçavam e engoliam areia, mas eu já estava acostumada, e Viller tambem. Mesmo assim, os dois tributos do 1 e o garoto do 2 chegaram primeiro, e atiravam flechas e lanças em qualquer um que se aproximava, depois partiram para cima, matando varios dos que ainda tentavam chegar a cornocopia ou figir na floresta. O garoto do 3 agora corria na minha direção com duas facas, então eu parei e assim que ele estava perto o suficiente, desviei de um golpe dele, tomei uma das facas, mas quando ia me afastar, ele me acertou nas costelas com a faca, fazendo eu cair no chão, e quando ele estava prestes a me dar o golpe final, eu desviei, impurrei ele e varei o pescoço dele com a faca. Menos um. Ainda armada com a faca, fui correndo até a cornocópia e esbarrei em uma garota do 7, que assim que levantou tentou me matar com uma espada, mas consegui me desviar varias vezes até que ela me deu um soco na costela em que acabara de ser atingida e cai no chão, dando a ela a chanc de tentar me dar co golpe final, mas fui mais rapida e taquei a minha faca nela que acertou sua cabeça, e ela caiu no chão. Menos dois. Assim que me levantei, tentei voltar a correr, mas as minhas costelas doíam e logo cai no chão. Sentia o sangue quente escorrendo pelo meu corpo e, mais uma vez, pelo meu pulço.
Logo, senti alguma coisa afiada sendo pressionada atraz do meu pescoço
- Não se mexa- ouvi uma voz falar bem alto, meio rosnado
Fiquei parada, nem respirava até que vi na minha frente um garoto não muito alto, moreno de cabelos escuros e bagunsados, sorrir para mim. O garoto do 2
- Acho que essa vale a pena- ele falou e sorriu maliciosamente
Ele estendeu a mãe e com muita dificuldade me levantei. Olhei em volta e via a praia com areia tingida de vermelho, varios corpos ainda estendidos no chão, alguns sem cabeça, braços ou pernas, fora os corpos de alguns dos tributos que tentaram fugir pela floresta, mas foram pegos por uma lança, tridente ou flecha. Olhei para frente e vi que estava na boca da cornocopia, junto com outras pessoas que me olhavam de forma ameaçadora
- Bem vinda aos carreristas, 4- o garoto do 2 me falou

Coliz Off

Nara On

Não consguia mais respirar direito, mas mesmo assim continuava correndo o mais longe que conseguia. Não sabia o quanto já tinha corrido, mas tinha certesa que ninguem mais devia estar muito perto de mim. Esbarrei em uma garota do 6, mas ela foi para a dirção oposta. Parei de correr e me encostei em uma pedra para tomar folego. Sai sem muitos ferimentos, apenas um ralado por conta dos tombos e um leve corte no braço direito não tão fundo causado por uma flecha que quase me atingiu. Tive sorte.
Tinha combinado um jeito de achar o Matew, mas não lembro muito bem, acho que por causa da falta de ar no celebro. Primeiro, correr o mais longe pussivel em direção ao norte. Okay, eu dei a volta na Cornocopia e vim até nadando a andando até aqui (porque a agua não era tão funda, mas mesmo assim tinha uma correntesa forte). Segundo: ter certesa de que ninguem me seguiu. Olho para todos os lados, mas não ouço nada fora os passaros e a leve brisa quente que balança as folhas. O que vinha depois?
Procurar os sinais. Ele disse que ia marcar em algumas arvores uma letra M em alguma das raizes a assim poderia segui-lo, assim como Emy, que concordou de ultima hora se juntar a nós. Fiquei mais um tempo tomando folego, depois me levantei e recomeçei a andar, dessa vez mais devagar por que ainda estava cansada e para procurar a letra M em alguma raiz de planta. Em quanto andava, fui pretando atenção na selva estranha em que tinha me escondido
As arvores eram realmente bem altas a ponto de ser impossivel conseguir se seguara em um galho e escala-la, e formavam um dossel que quase não deixava a luz chegar ao chão, mas mesmo assim, o lugar era muito quente. O chão tinha uma terra escura e fofa  com poucos galhos ou folhas que cobriam o chão, de forma que andar em silencio era mais facil. Ouvia apenas alguns passaros cantando bem longe, mas não me pareciam familiares, assim como as plantas mais baixas e arbustos, que deixavam o lugar mais dificil de andar sem que você acabasse cortando as canelas expostas.Andei por mais alguns minutos até começar a ouvir os canhões. Sempre que algum tributo morre, um canhão sinaliza a morte dele, mas você só fica sabendo quem foi a noite, quando no ceu noturno o rosto das pessoas mortas aparece ao lado do numero do seu distrito. Como muitas pessoas morrem nos primeiros minutos, não teria como ativar um canhão para cada morto, então o numero de pessoas mortas, só começavam a dar os tiros de canhão depois de meia hora, quando varios tributos já morreram ou a maioria já tinha fugido
Fui contando os tiros. Um. Dois. Três. Quatro. Cinco. Seis. Sete. Oito. Nove. esperei mais um pouco mas não ouvi mais tiro de canhão nenhum. Mais de um terço dos competidores já estavam fora, mas só saberei quem foi a noite. Será que Matew ou Emy eram um deles? Não fazia ideia, mas torcia com todos os meus esforços para que não.
Continuei andando por um bom tempo, minha boca começava a ficar seca e minhas pernas doendo quando avistei o primeiro M entalhado em uma raiz. Ele estava vivo. Continuei seguindo as entalhações que, memso que eu me perdesse de vez em quando, elas ficavam cada vez mais numerosas até que eu vi ao longe alguem sentado no chão revirando uma mochila simples. Finalmente achei ele
-Matew!- chamei e fui correndo pra perto dele
Ele se levantou e me abraçou

- Dá pra não gritar da proxima vez? Se não todos os outras vão saber onde estamos- ele falou meio nervoso olhando para os lados
- Hum... desculpa...
- Tudo bem.- ele sorriu
- E a Emy?
- Não achei ela ainda, mas não deve estar longe- ele falou e voltou a mexer na mochila
- Como conseguiu isso?
- Tinha um garoto correndo perto de mim que tinha conseguido pegar essa mochila, mas foi morto por uma flecha, então eu peguei.
Ele tirou o que tinha dentro da mochila. Um cantil com um pouco de agua, um saco de dormir e um saquinho om fatias de frutas secas e uma bussola, apenas isso, mas me parecia muito pouco para sobreviver. Como eu não tinha nada, ele concordou em dividir comigo.
- Ok então. Acho melhor continuarmos nos distanciando. Lembra das outras três ilhas? Acho que podemos tentar chegar naquelas duas menores que ficam a Oeste, acho que lá vai ter menos pessoas- ele olhou para a bussola e depois começou a andar.
Jurava que essa selva era menos, porque nó andamos por uma hora e ainda não tinhamos chegado a praia, e o calor não ajudava em nada na caminhada. O calor na verdade só piorava as coisas, porque não apenas nos deixou cansados mais rapido, como fez nosso cantil de agua acabar, e não tinhamos visto nenhum riu, lago o qualquer coisa parecida. Outra coisa que dificutou muito a caminhada foi a coçeira, porque por algum motivo nossas pernas coçavam muito. Andamos mais alguns quilometros até chegarmos a praia e onde podiamos ver mais ao fundo duas ilhas que tambem tinham uma enorme e espeça selva.
- Pelo visto vamos ter que nadar até lá
- Nadar? Mas não e nadar!
- A agua não é tão fundo, acho que da pra ir praticamente andando- ele falou e começou entrar na agua
Acabou que realmente não era muito fundo, e mesmo para mim que não sou tão alta, a agua só chegava até o peito. Um lado bom: não sentia mais calor, um lado ruim: sentia calafrio até a alma. A Agua era relamente muito gelada e a cada leve correntesa eu sentia o frio tomar conta do meu corpo. Nadamos por um tempo e conseguimos chegar a ilha quando já estava praticamente a noite, então começamos a procuramos um lugar para ficar. As arvores meso não dando para escala-las e dormir nos seus galhos, as raizes era altas e grossas, de maneira que conseguimos fazer uma especie de trincheira cavando a terra com as mãos até formar um burraco grande o suficiente para nós dois podermos deitar e não sermos vistos. Tive a ideia de que um de nós devia ficar viginado em quanto o outro dormia, Matew concodou mas fez questão de ficar de vigiando primeiro, e como eu estava muito cansada acebei concordando. Me ajeitei no saco de dormir que tinhamos
A noite estava muito quente, e os insetos logo apareceram para me enxer, mas depois de um tempo acabei não me incomodando.
Um pouco depois, a insignia da Capital apareceu no seu e o hino começou a tocar. Isso significava que eles mostraria as mortes de hoje. Torcia para que Emy não aparecesse, porque não tinha certesa que ela estava bem. A primeira imagem foi de um garoto do 3, isso significa que todos os do 1 e do 2 estavam vivos assim como a garota do 3. O proximo foi uma garota do 6, então todos do 4 e 5 tambem estavam vivos. A garota do 4, qual era mesmo o nome dela? Bem, estou feliz que ela esteja viva, já que ela parecia legal. As imagem foram seguidas pelos dois garotos do 7, um do 8, e os dois do 9 e do 12.  Isso significava que  mais de um terço dos tributos já morreu no primeiro dia, nos primeiro minutos e ainda restavam 15 pessoas, os carreristas, uma garota do 3, os dois do 4 e 5, o garoto do 6, um garoto do 8, eu e o garoto do meu distrito Lester,mas o mais importante, Emy estava viva
Esse foi o pensamento que me ajudou a dormir, alem do fato de Matew estar vigiando, e logo peguei no sono

Nara Off

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Sobrevivencia Desesperada- Capitulo 3


Coliz On

  Alguns dias passaram bem rapidos, apenas acordavamos, eu ia treinar, ouvia Genille e Calwin discutirem e os dois me davam dicas. Descubri que apesar de ter quase acertado o garoto do 2, Ruddy, com uma espada, ele e outros carreristas ainda me querem no grupo, mas realmente não gosto da ideia, não confio em nenhum deles. Acabei me aproximando mais do Viler e até que ele é legal, e temos até que alguns gostos parecidos, fora que ele perdeu o pai do mesmo jeito que eu, a 5 anos atras, mas ele pelo menos tem a mãe e um vó, e ao contrario de mim, o mar é sua segunda casa, já que ele não ficou tão traumatizado. Claro que não contei para ele do meu medo já que não quero parecer fraca, mas acho que ele já deve desconfiar por conta de nunca me ver no mar ajudando a recolher os peixes e frutos do mar. Ele se tornou uma das poucas pessoas que gosto de conversar fora minha estilista Fancily, que me faz algumas visitas para tirar umas medidas, perguntar algumas coisas estranhas como: "prefere golfinhos ou baleias?", "Qual é sua cor favorita" e outras coisas que até agora não intendi o porque.
   Tive que me apresentar para os idealizadores dos jogos, e como não sou ruim com facas apresentei isso mesmo, e acabei acertando todos os alvos que me colocavam, dos mais simples até os moveis e complicados, mas como sobrou um tempo, acabei usando um pouco da tinta para pintar em uma tela a visão que tinha da minha janela, o mar, o céu laranja da tarde, a areia dourada. Mais tarde, quando todos esperavam para ver a minha e a nota do Viler, acabei prestando atenção em todas as outras.
  Como sempre, os tributos do 1 e 2 ficaram com notas entre 10 e 8, uma coisa enorme, já que as notas só vão até 12. O tributo masculino do 3 ficou com 7 e a feminina com 6. Vi a foto de Viler com o numero 10 piscando em baixo, e todos parabenizaram ele
  - Meus parabens! O que você fez? - Perguntou Gennile animada
  - Luta com espada e lancei uns tridentes, nada demais- ele falou indiferente
Eu fiquei com 10 tambem, e acabei respondendo o que fiz tambem, e para comemorar, Genille resolveu pedir um pote de metal com calda de chocolate bem quente para mergulharmos em frutas, pães e queijos, alem de vinho, uma coisa que eu tenho certesa que não devia tomar, mas o gosto era otimo. As outras notas eu não me lembro muito bem, lembro que muitos não passaram de 8, mas uma garotinha do 10 tinha conseguido um 9, o que é muito pra quem parecia ter 14 anos, e um garoto do 11 que conseguiu 10, e como essa nota tambem não é normal para alguem do 11, decido fazer uma nota mental para ter cuidado com eles.
 Como todos os outros, tivemos que começar a nos preparar para as intrevistas no dia seguinte, e foi cansativo, porque eu quase torci o tornozelo usando salto alto e a maquiagem começava a me incomodar, mas até que eu sou boa para falar com as pessoas e pelo visto vou ser a pessoa do tipo "amigavel e divertida" na intrevista.

  No dia fui literalmente jogada de um lado para o outro, colocando maquiagem, recebendo dicas do que iria falar e andando por varios corredores para chegar a varios lugares, mas finalmente estava pronta e esperando me chamarem. Cesar, o apresentador vez um breve discurso e começou as intrevistas. Fiquei olhando cada uma delas até que vi que uma garota de mais ou menos 14 anos, de vestido amarelo pastel e longos cabelos castanhos lisos estava me incarrando. Demorei um tempo para lembrar que era a mesma garota que conseguiu um 9 de nota, já que não parecia mortifera ou forte, muito menos ameaçadora. Mas nunca se sabe, talvez seja tudo incenação
  - Algum problema?-falei meio desconfiada, não gosto que me incarrem
  - Não... é que.. o.. seu vestido...- falou a garota meio timida- Gostrei muito dele
  - Ah, Obrigada- falei agora prestando mais atenção nela- Você é do Distrito 10, não?
  - Sou. E você deve ser do 4 pra usar tantas perolas e golfinhos- ela falou sorrindo
  Meu vestido era realmente chamativo, com varios perolas e golfinhos azuis de cristal em um vestido branco que lembrava espuma do mar. Finalmente me toquei a onde as respostas "Golfinhos" e "Branco" iam incentivar tanto com a Fancily no meu vestido.
  - Pois é. Gostei tambem do seu. Me lembra a praia do meu distrito- falei e ela sorriu
  Pareciamos duas garota normais e meio patricinhas falando das roupas de todos os outros tributos, mas ela é legal e acabei não me importando.
  - Hum... Como você conseguiu um 9?- acabei perguntando quando ficamos sem assunto
  - Por que a surpresa? Você rescebeu um 10!- ela rebateu
  - Não, é que... você me parece tão pequena e...  que não iria me atacar com um machado e cortar minha cabeça fora- brinquei e ela deu uma risadinha
  - Lancei umas flechas com um arco, mas eles estavam desinteressados, então acabei montando uma armadilha pro proximo competidor
  - Como?!- perguntei meio intusiasmada e curiosa
  - Como aprendi a fazer armadilhas, pensei em mostrar isso de um jeito mais... interessante. Ai armei uma armadilha na porta onde o proximo tributo ia entrar, e deixei lá quando fui embora. Eles não notaram até que o Matew estivesse de cabeça para baixo gritando- ela falou e começamos a rir bem alto
  - Esse... Esse é o nome do garoto do 11?- Perguntei depois de parar de rir, ainda tentado tomar folego
  - É. Nós somos aliados, acho que por isso ele não se importou, alem de ter conseguido sair da armadilha com muita facilidade, e olha que era uma das dificeis
  - Não devia fazer uma coisa dessas com um aliado. Acho que ele não vai mais querer ser te ajudar.
  - Tudo bem, combinamos isso, ele me ensinou o nó e eu como escapar. Sou melhor em escapar do que fazer armadilhas.- ela falou e depois começou a olhar em volta- É aquele ali- ela falou e apontou para um garoto do outro lado da sala
  Ele tinha cabelos castanho meio loiros curtos, olhos notavelmente verdes, e usava uma calça jeans simples, assim como os sapatos, e um blazer preto com detalhes prateados, uma camisa branca com listras cinzas e uma leve maquiagem que ressaltava os olhos e deixava a pele meio brilhante, quase que estranho. Simples, mas bonito. Podia parecer normal se não estivesse a ponto de ter um colapso nervoso em quanto gritava com uma garota que tambem xingava ele. Os dois jogavam um palavrão atraz do outro.
  - Quem é a garota?- perguntei
  - A garota do distrito dele. Não lembro o nome, acho que é Anny, Sandy, Emy, alguma coisa assim.
  Olhei para os dois por mais um tempo até que fui chamada para a intrevista. Ela me desejou boa sorte e eu entrei no luminoso palco que quase me cegou. A intrevista em si foi facil, Cesar Flickerman sempre arranjava algum assunto ou pergunta para que eu respondesse e inventasse uma rapida piadinha, e logo varios da Capital pareciam se controlar para parar de rir. Não sei de onde saiu essa pessoa engraçada, talvez fosse o nervosismo. O nosso tempo continuou assim, ele fazendo perguntas, eu respondendo alegremente tentando fazer alguma piadinha e ele elogiando meu vestido. Quando meu tempo acabou, me despedi e voltei para a sala onde os tributos esperam para serem intrevistados aliviada por não precisar mais sorrir.
Coliz Off

Nara On

  A garota do 4 parecia legal. O jeito que ela falava, a maneira como me tratou mesmo sendo uma carrerista e até a intrevista fizeram ela parecer muito legal. Mas assim que ela foi embora e fez a sua intrevista fiquei meio preocupada. Não consigo falar com alguem assim tão facilmente, nem sei se consigo sorrir na frenente de tanta gente que eu não conheço. Quanto mais pessoas iam, mais eu ficava nervosa. E se eu estragar tudo? Já começava a roer as unhas quando fui chamada e, meio cambaleante, eu fui andando até a cadeira do lado do Cesar Flickerman
  Me apresentei e não conseguia parar de olhar para a plateia que me deixava cada vez mais nervosa, mas as perguntas me obrigavam a voltar a olhar para Cesar, o que aos poucos me deixou mais tranquila. Não consegui ser a garota anima e confiante que Harlia me sugeriu e tanto tentou me transformar, mas acho que Cesar acabou gostando do meu jeito timido e "uma graça" como ele tinha chamado.
  - Mas você é uma graça! E tambem muito amigavel, não acho que uma pessoa animada combinaria com você. Eu adoraria que fosse minha amiga ou subrinha. Não acham?- ele perguntou, depois que eu falei da sugestão de Halia, para a plateia que bateu palmas. Senti meu rosto corar depois disso.
  Quando meu tempo acabou sai meio rindo, meio andando meio correndo do palco por conta do nervosismo, mas logo Harlia veio e começou parabenizar eu e Lester daquele estranho jeito dela, junto com minha equipe de preparação e Phillyp
  - Vocês fora, encriveis! Acho que realmente você ficou mais meiga desse jeito mesmo, mas talvez tivesse sido melhor do jeito que eu sujeri, mas nada melhor do que o natural, não é? Eu acho. Onde esta minha xicara de café?- ele falou rapido e animada como sempre, com aquele tom de quem falava sozinha
  O pessoal da equipe de preparação entregou a ela a xicara e eles começaram a dar mais e mais parabenozações, mas todas elas pareciam incluir mais eles do que a nós
  - Meus amigos começaram a me parabenizar depois que te viram e você falou do vestido!- uma mulher da equipe de cabelo arco-ires e brincos muito grandes falou
  - Me falaram que eu podia colocar tatuagens como as minhas em vocês!- lembrou outro homem da equipe mostrando as tatuagens douradas no rosto que passavam pelo pescoço e desciam até o braço.
Harlia começou a nos empurrar para o elevador, mas consegui desejar um boa sorte para Matew de longe antes do Elevador fechar.
  Assim que cheguei, percebi o quanto estava cansada por causa da correria de me preparar, então me despi, tomei um banho com vario produtos diferentes para tirar toda a maquiagem, me sequei e me taquei na cama com roupa de baixo e acabei dormindo, mas por pouco tempo, já que acabava acordando toda hora e ficava pensando na Arena.
  Os jogos começariam daqui a algumas horas e eu não tinha dormido direito. Podia tambem estar morta daqui a algumas horas já que não tenho certesa de que vou sobreviver no Banho de Sangue, que basicamente é o a parte dos jogos onde todos os tributos correm para uma instalação onde está todos os suprimentos e armas, chamada Cornocopia, e lutam uns contra os outros para sobreviver. Não, não vou me jogar lá no meio, vou correr o mais longe possivel de lá e depois me arranjar com o que tiver na floresta.         Mas e se não for boa nisso? Vou sobreviver se usar apenas as coisas da floresta? Dificil dizer. Esses pensamentos foram se agitando na minha cabeça, até eu cansar e ir até a cozinha, pegar alguma coisa que me acalmasse. Preparei um chá de camomila, mas depois que ter acabado com a xicara, ainda me sentia agitada, então me lembrei de uma coisa. Deixei a xicara na pia e corri para o quarto e começei a procurar no bolço do meu vestido da entrevista que deixei no chão. Lá dentro, achei um saquinho com uma seringa limpa e um potinho com um liquido vermelho brilhante dentro. Morfina.
  Depois de acabar a entrevista, em quanto esperava a entrevista do garoto do meu distrito, Lester, esbarrei com um homem estranho, com roupa suja, cabelo bagunçado e bafo horrivel, e ele deixou alguns saquinhos cairem. Ajudei ele a recolher e quando fui devolver o ultimo, ele me olhou e sorriu
  - Pode ficar, acho que vai prescisar tanto quanto eu- ele falou, piscou para mim, pegou da minha mão e escondeu no meu bolço
  Só depois percebi que era uma droga. Morfinaceo, Só tinha ouivio falar uma vez dessa droga e dos efeitos dela, mas estava tão desesperada por alguma coisa, que só peguei a siringa, coloquei o liquido brilhoso nela, espetei meu braço com a agulha e deixei os efeitos começaram. Deitei na cama e logo fui sentindo meu batimento cardiaco mais devagar, minha respiração mais leve, e meus pensamentos mais confusos. Vez ou outra via algumas coisas estranhas, mas me sentia de certa forma bem, e logo acabei pegando no sono.
Nara Off

Mattew On

  Estava estressado, com raiva e cansado. Coisas horriveis se você esta quase indo fazer uma intrevista.
  Fui esfregado até minha pele começaram a doer, maquiado, vestido e levado de uma sala a outra, me senti um boneco com toda essa situação, já que todos agiam como se eu não estivesse lá, fazendo perguntas do que eu gostaria mais, mas não para mim, e sim para os colegas:
  - Acha que um smoking vai ficar bem?- peguntou um dos caras da minha equipe de preparação quando estavam me vestindo e antes que eu pudesse falar alguma coisa outra mulher interrompeu
  - Com certeza um blazer fica melhor.
  Enfim, até que não foi tão cansativo, mas ai eu vi a Emy no vestido prateado com detalhes pretos que combinavam com meu blazer e simplesmente não consegui evitar falar
  -Você está linda- falei quando estava perto dela
  - Hum... obrigada- ela falou meio sem jeito sem olhar para mim- Você... até que não esta  ruim- ela falou dando uma rapida olhada. Esse foi o mais perto de um elogio até agora. Sorri para ela
  - Nervosa?- perguntei chegando mais perto
  - Um pouco. Falo com as pessoas com facilidade, mas... isso é diferente
  - Fica tranquila- falei abraçando ela de lado- é só pensar que eu estou aqui
  Ela soltou uma risadinha e me empurrou
  - Convencido até quando estamos prestes a dar uma intrevistas para pessoas que querem nos ver mortos- falou com tom de sarcasmo
- Pelo menos não estou fingindo ser forte e que não me importo com nada, como você, que simplesmente não fala comigo por causa de uma bobagem
  Ela se virou para mim surpresa, mas logo o rosto dela foi tomado por raiva e ai que começamos a gritar um com o outro.Ela veio com aquela conversa de novo de eu ser irresponsavel, de que me preferia bem longe daqui, e eu não queria mesmo deixar ela falar o que quiser para mim. Ficamos jogando blasfemas um para o outro e gritando as piores coisas que você poderia desejar para alguem, mas gritavamos tanto um com o outro que não prestavamos atenção nem no que o outro falava, nem no que nós mesmo falavamos. Podia ver varios dos tributos, estilistas e pacificadores nos olhando, mas não ligava. Só paramos de gritar quando ela foi chamada para a intrevista. Nós dois ouvimos o nome dela ser chamado, paramos de gritar na hora, nos incaramos por um tempo, e ela foi embora batendo pé até o palco. Pude ver ela parando para respirar e se acalmar antes de subir, então ela sorriu e foi andando com calma até a cadeira do lado de Cesar. Patetica.
  Aproveitei aquele pouco tempo para me acalmar tambem, mas era dificil, já que agora eu começava a intender e lembrar o que ela disse e, o pior, o que eu disse. Ela saiu de lá, me fuzilou com os olhos e eu fui andando até o palco. As luzes do palco me segaram por um momento, então eu vi Cesar e pensei "vamos lá então". Não fui tão ruim, fiz algumas piadas, respondi algumas perguntas com sinceridade e algumas mentiras e outras nem respondi direito, já que Lisse pediu que eu tentasse o estilo "garoto misterioso" para as cameras, e com muito esforço, acho que consegui alguma coisa parecida. A entrevista acabou, agreadeci Cesar e sai do palco para voltar ao meu quarto. Quando voltei para o lugar onde fiquei esperando para ser chamado, mas apenas o pessoal da minha equipe de preparação, Lisse e Bellynes, já Emy e as pessoas da equipe de preparação dela nem sinal, e de Luth tambem, mas já esperava que ele não viesse. Acho que ela voltou para nosso andar.
  Eles me parabenizaram até que chegamos no nosso andar, onde fomos para mesa e comemos um jantar "especial", com os pratos que Lisse achou que eu gostaria, alem gelatina de amora e vinho, mas esse não foi muito bom, já que os Avoxs enchiam tanto minha taça que não fiquei só tonto como tambem acabei vomitando. Uma das mulheres da minha equipe de praparação, acho que se chamava Viliccy, me ajudou a chegar até o quarto, mesmo eu insistindo para que outra pessoa me levasse
  - Você não... não devia andar tanto de sa... salto, vai aca...acabar torcendo o pé de novo- falei meio enrolado por causa da bebida
  - Como você sabe?- ela perguntou surpresa e parou de me levar/carregar
  - Você manca um pouco quando anda e dá pra ver que de baixo da meia você esta usando algodão para o salto não machucar tanto. Agora, dá pra me ajudar?- falei meio grosso
Ela continuava surpresa, mas não falou nada, apenas me deixou sentado dentro do boxe do banheiro, apertou alguns dos botões do chuveiro e me deixou lá. Depois que ela saiu, me despi e tomei banho por um bom tempo, e quando sai, me senti melhor, mas ainda meio tonto. Me deitei e tentei dormir, mas só conseguia me remexer na cama. Uma, duas, três horas talvez tenham se passado e eu não consegui dormir, então me levantei e decidir ver Tv para ver se conseguia dormir. Para minha surpresa, quando cheguei lá, Emy já estava sentada no sofá vendo a Tv, abraçando as pernas e enchugando algumas lagrimas. Cheguei mais perto
  - Posso sentar do seu lado?- perguntei meio balbuciando ainda por causa da bebida.
Ela levou um susto, enxugou as lagrimas e fez que sim com a cabeça. Me sentei do lado dela e fiquei olhando Emy, que escondia o rosto entre os joelhos
  - Você está bem?- perguntei e ela fez que não com a cabeça- Olha, realmente sinto muito pelo que disse, pelo que fiz e por tudo mais. Ando meio estressado esses dias, assim como você, e não consegui falar com você. Você viu o quanto eu tentei falar com você... e...Bem, me desculpa, só queria que você ficasse seus ultimos tempos comigo, queria ficar com você até o fim, entende?- falei, mas ela não disse nada- Deis de que agente entrou naquele trem, você não fala comigo, e quando fala só grita e me xinga. Vai mesmo deixar a Capital e essa droga de jogos nos separar?- falei chegando mais perto dela
  Pela primeira vez em dias, ela levantou os rosto e olhou nos meus olhos. Finalmente pude ver aqueles olhos castanhos brilhosos (dessa vez por causa do chorro). Ficamos nos encarrando por um tempo até que ela se tacou nos meus braços e me abraçou bem forte, logo eu retribui
  - Desculpa- ela falou baixinho e com a voz abafada já que sua cabeça estava afundada no meu peito-     Mesmo, me... Me desculpa. Eu... senti sua falta...
  -Eu tambem-falei e beijei sua cabeça

  Ficamos assim, enroscados um no outro até ela se acalmar, mas continuamos lá, abraçados, vendo TV, rindo do sotaque e das roupas das pessoas da capital, e fazendo algo que eu simplesmente sinti muita falta, pude beija-la mais uma vez, e outra e outra, até que pegamos no sono no sofá mesmo. Quase me senti em casa de novo.
  Quase.
  Se não fosse o futuro horrivel que nos esperava.
Matew Off